Prémio Pulitzer para Ellen Reid e Aretha Franklin
A compositora Ellen Reid ganhou o Pulitzer de música com uma ópera e a cantora Aretha Franklin foi distinguida postumamente pelo conjunto da sua carreira.
Os vencedores do Prémio Pulitzer foram comunicados na segunda-feira. A compositora e artista sonora Ellen Reid foi galardoada com o Pulitzer para a música pela ópera Prism. A cantora Aretha Franklin, que morreu no ano passado, também foi reconhecida com uma “citação especial”, pela “contribuição para a música e cultura americana durante mais de cinco décadas”, tornando-se na primeira mulher da música a ser galardoada postumamente com um Pulitzer pelo conjunto da sua carreira.
O Pulitzer que distingue carreiras (os chamados special citations), já foi entregue no passado a músicos do jazz como Duke Ellington, Thelonious Monk ou John Coltrane, ou da folk como Bob Dylan ou Hank Williams, mas por norma são figuras da música clássica a serem reconhecidas. O mesmo acontecendo para o Pulitzer que distingue obras assinadas no ano transacto à atribuição. O mais surpreendente foi entregue no ano passado ao rapper Kendrick Lamar pelo álbum Damn (2017), sendo o primeiro a ser atribuído ao hip-hop, ou seja, fora da órbita do jazz ou da música clássica.
Este ano Ellen Reid concorria com nomes como James Romig, pelas composições para piano Still, ou com Andrew Norman, pelo trabalho orquestral Sustain. A ópera de Ellen Reid, a sua primeira, com libreto de Roxie Perkins, estreou-se em Novembro do ano passado em Los Angeles. Aliás, Ellen Reid, é compositora-residente da Chamber Orchestra de Los Angeles. A ópera Prism foca-se num drama psicológico, mais precisamente no conflito de uma jovem depois de ter sido agredida sexualmente.