Filme sobre concerto histórico de Beyoncé em Coachella estreia-se dia 17

Homecoming chega quase de surpresa ao Netflix com entrevistas de bastidores e imagens exclusivas da actuação de 2018.

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Beyoncé em Coachella Larry Busacca/Getty

É um concerto com a sua própria entrada na Wikipedia e, escreveu quem lá esteve, com a sua entrada na enciclopédia da história da música do século XXI – ou, pelo menos, na história de Beyoncé. O concerto da cantora norte-americana na edição de 2018 do festival de Coachella vai ser tema de um documentário Netflix que se estreará em todo o mundo, Portugal incluído, já na próxima semana.

Homecoming: A film by Beyoncé é, como o próprio nome indica, um filme gerido e coordenado pela cantora e estreia-se dia 17 de Abril na plataforma de streaming. É um “olhar intimista sobre o concerto histórico de Beyoncé no Coachella 2018, que prestou homenagem às faculdades e universidades historicamente negras dos Estados Unidos”, indica o Netflix.

O trailer foi divulgado esta segunda-feira, depois de domingo o Netflix ter revelado um teaser com o título do filme. Os fãs adivinharam o que se poderia seguir, pois quando a superestrela pop entrou em palco há um ano, Coachella foi convidada a recebê-la com um “senhoras e senhores, bem-vindos ao homecoming Beyoncé 2018”. Uma recepção à cantora que recebeu em palco o seu marido, Jay-Z, e reuniu as Destiny’s Child, mas foi sobretudo a primeira vez em que uma mulher negra foi cabeça de cartaz no importante festival.

O documentário usa entrevistas de bastidores e imagens exclusivas do concerto sobre a preparação e a intenção da cantora, querendo traçar “o caminho emocional que leva do conceito criativo ao movimento cultural”, como indica ainda o serviço de streaming. O filme estreia-se na pausa entre os dois fins-de-semana em que decorre a edição deste ano do festival, que foi já ensombrada pela morte de um trabalhador na montagem dos palcos e pelo cancelamento do concerto da sua irmã, Solange, por “grandes atrasos de produção”.

O concerto no muito mediático festival de Coachella teve lugar em 2018 e conjugou o habitual refinamento cénico e a dimensão de espectáculo nos figurinos e coreografia de duas centenas de bailarinos com um alinhamento e imagética de forte pendor social. Das palavras de Nina Simone às de Malcolm X, passando pelas de Chimamanda Ngozi Adichie, foi um upgrade do espectáculo que Beyoncé montara antes no intervalo do Super Bowl e um momento que revisitaremos no resto das nossas vidas, como o jogo de Michael Jordan com gripe, como a actuação de Michael Jackson em 1993 no Super Bowl ou o discurso ‘Mr. Tibbs’ de Sidney Poitier em No Calor da Noite”, escrevia na altura Craig Jenkins no site Vulture. “A maior estrela da sua geração inscreve-se na História”, dizia o Guardian com uma avaliação de cinco estrelas para o concerto em “Beychella”. É que, como resumia o New York Times num título, “Beyoncé é maior do que Coachella”, o festival de todas as modas e de todos os grandes espectáculos.

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