O mote é do Poldra – Public Sculpture Project Viseu que tem como missão “dotar Viseu de um circuito de arte pública a céu aberto”. No Parque do Fontelo já estão três esculturas, vindas da edição passada, mas que vão ter companhia: até 7 de Abril, estão abertas as candidaturas para a apresentação de propostas artísticas a instalar no local.
Qualquer pessoa pode submeter uma ideia. Para isso, deve preencher este formulário e anexar um ficheiro para apresentar a obra: o documento, com um máximo de 20 páginas, deve conter, entre outras coisas, a identificação do autor e o título, a memória descritiva do projecto, a descrição do processo de montagem e uma previsão do orçamento.
O autor da ideia vencedora verá a sua obra permanecer no local durante cerca de dois anos e recebe 2250 euros, sendo que 1500 euros se destinam à compra dos materiais e produção da peça. Pode ainda ser solicitado à organização apoio a nível de deslocações (750 euros) e estadia (num limite de dez dias).
As propostas devem “ser pensadas especificamente para a Mata do Fontelo”, “reflectir sobre a problemática da arte em espaço público” e “ser, elas mesmas, um reflexo do percurso e trabalho” do autor, como se lê na apresentação do projecto, apoiado pela autarquia. A selecção será feita por um júri composto por João Dias, director artístico do Poldra, Jorge Sobrado, vereador da Cultura e Turismo de Viseu, Emília Ferreira, directora do Museu Nacional de Arte Contemporânea, Stella Ioannou, co-directora do festival Sculpture in the City, e Cristina Ataíde, artista plástica. O regulamento completo pode ser consultado aqui.
À criação eleita, que será anunciada em Maio, juntam-se este ano, a partir de Outubro, mais três, de artistas convidados. Desde 2018 que no Parque do Fontelo se encontram as esculturas Por favor, segue a Linha Vermelha, de Cristina Ataíde, que convida o visitante a seguir o traço encarnado; Jardim das Cenas Emolduradas, de Neeraj Bhatia, obra que transforma “um espaço de trânsito num espaço de encontro”; e 14.000 Newtons, de Pedro Pires, um crânio composto por 140 coletes salva-vidas que quer provocar o debate em torno da migração. “Quis realçar a morte como oposição à vida do parque”, contava o artista em 2018 ao P3. “Este assunto diz respeito a todos nós.”