Federer vai ser guarda-redes na 50.ª final Masters 1000
Suíço vai encontrar John Isner no encontro decisivo em Miami. Ashleigh Barty conquistou o torneio feminino.
É conhecido o gosto de Roger Federer por futebol, sendo acérrimo apoiante do Basileia, da sua cidade natal. Daí não ser estranha a analogia que o suíço de 37 anos fez na antevisão da final do Miami Open, onde vai procurar o 28.º título da categoria Masters 1000. A outra razão da comparação é o facto de ir defrontar um grande servidor, John Isner, que defende o título conquistado no ano passado, no antigo complexo de Crandon Park, e já somou 98 ases nas cinco rondas disputadas.
“Sinceramente, gosto de grandes servidores, ver se vão fazer ases no segundo ou terceiro ponto. Para mim, é entusiasmante porque é como nos penáltis, só que no ténis. Vou ser um guarda-redes e tentar devolver o máximo de bolas possíveis”, adiantou o actual número cinco do ranking.
Federer venceu cinco dos sete duelos anteriores com o norte-americano, mas Isner ganhou o mais recente, nos oitavos-de-final do Rolex Paris Masters de 2015, da mesma categoria – num encontro em Federer não sofreu qualquer break, mas perdeu dois tie-breaks.
Na meia-final da prova, que agora tem lugar no Hard Rock Stadium, Federer dominou o canadiano Denis Shapovalov (23.º), pelos parciais de 6-2, 6-4, e chega ao derradeiro dia com apenas um set cedido na prova – no primeiro encontro, com o moldavo Radu Albot. O canadiano, 19 anos mais novo, acusou algum nervosismo ao defrontar o seu ídolo e cometeu mais erros.
Para Isner, esta é a quinta final que protagoniza em torneios Masters 1000 e a segunda em Miami. Na meia-final, o norte-americano de 33 anos superou outro tenista da nova geração e também canadiano, Felix Auger-Aliassime (57.º) – o primeiro tenista vindo do qualifying a chegar às meias-finais em Miami desde 2007. O jovem de 18 anos chegou a servir em ambos os sets para fechar –cometeu três duplas-faltas a 5-4 da primeira partida e outra a 5-4, na segunda – mas acabou por sucumbir nos tie-breaks: 7-6 (7/3), 7-6 (7/4).
“Tinha dito que não tinha hipóteses de defender o título porque só tinha conquistado um destes em toda a carreira, mas agora, que só falta um encontro, espero ter de comer as minhas próprias palavras”, frisou Isner (9.º), que continua sem perder qualquer set e nenhum dos nove tie-breaks que já disputou neste torneio.
Na final do torneio feminino, Ashleigh Barty (11.ª) venceu a checa Karolina Pliskova (7.ª), por 7-6 (7/1), 6-3. Foi um torneio memorável para a australiana de 22 anos: derrotou pela primeira vez Petra Kvitova, nos quartos-de-final, garantiu a estreia no top 10 e conquistou o primeiro título da categoria Premier Mandatory, a mais importante do WTA Tour.