Avião volta atrás porque mãe se esqueceu do bebé no aeroporto

O avião levantou voo da Arábia Saudita rumo à Malásia mas teve voltar a aterrar: uma mãe lembrou-se de repente de que tinha deixado o filho no terminal.

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Reuters/JASON REED

Um voo com destino à Malásia teve de voltar ao ponto de partida, à Arábia Saudita, depois de uma passageira perceber que tinha deixado o seu bebé no terminal do aeroporto. O piloto, já a caminho de Kuala Lumpur, pediu para voltar a Jeddah, cidade da Arábia Saudita de onde descolara, quando a passageira tomou subitamente consciência do seu esquecimento e alertou a tripulação.

O caso tornou-se viral, noticia a Gulf News, quando foi divulgado nas redes sociais um vídeo que mostra a altura em que o piloto faz o pedido invulgar à torre de controlo. As imagens revelam a troca de diálogo entre este e os operadores. “Que Deus esteja connosco. Podemos voltar?”, pergunta o piloto no vídeo. O acontecimento, provavelmente pouco usual para os operadores da torre de controlo, faz com que o funcionário comente com os colegas o pedido que acabou de receber.

“Este voo está a pedir para voltar. Uma passageira esqueceu-se do bebé no terminal do aeroporto. Coitada da criança”, diz o operador a alguém ao seu lado. Do outro lado, o piloto repete o pedido várias vezes “eu já lhe disse, uma passageira deixou o seu filho no terminal e está a recusar-se continuar no avião”, explica o comandante do voo. 

Depois de uma pausa breve, o voo recebe permissão para voltar à base. “Ok, regresse à porta de embarque. Isto é totalmente novo para nós" dizem os funcionários da torre de controlo no vídeo. 

O desfecho da história não tinha sido ainda oficialmente confirmado.

Não é a primeira vez que um filho é esquecido no aeroporto: a Newsweek recorda que ainda em Outubro um casal alemão deixou o filho de 5 anos num aeroporto de Estugarda. 

Avarias técnicas, questões de segurança ou casos em que pode estar em perigo a saúde de um passageiro são razões mais comuns para os (pouco comuns) regressos de aviões ao ponto de partida. Em 2017, por exemplo, um avião da Malaysia Airlines foi obrigado a voltar para trás depois de um passageiro ter tentado entrar no cockpit. O avião terá estado cerca de 30 minutos no ar, de acordo com informações reveladas pela companhia aérea.

Também a TAP já passou pelo mesmo, por exemplo, também em 2017: um voo que saiu de Lisboa com destino a Fortaleza, no Brasil, teve de ser desviado para o aeroporto de Las Palmas, nas Canárias, Espanha, depois de um dos passageiros ter causado distúrbios a bordo. Neste caso em concreto e face às circunstâncias, o comandante e restante tripulação decidiram que o mais sensato seria desviar o voo para o aeroporto mais próximo. 

Uma das mais célebres e caricatas situações com desfecho similar ocorreu em 2013, lembra o jornal The Guardian, quando um voo da American Airlines com destino a Nova Iorque foi desviado para o estado do Kansas porque um passageiro se recusou a parar de cantar o hit de Whitney Houston, I will always love you.

Também em Nova Iorque, no ano seguinte, um avião com destino à Coreia do Sul foi obrigado a voltar ao aeroporto J.F. Kennedy depois de Heather Cho, vice-presidente da Korean Air, a maior companhia aérea da Coreia do Sul não ter gostado da forma como foi servida durante o voo: a tripulação tinha servido à executiva nozes-macadâmia em pacote, em vez de num prato ou numa tigela. Acabaria por demitir-se.

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