Mulher negra grávida foi alvo de violência pela segurança do metro de Estocolmo

O representante da empresa de transportes públicos da Suécia diz que se trata de um episódio onde os “seguranças foram demasiado violentos”.

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Reuters/Joshua Roberts

Em Estocolmo, Suécia, uma mulher negra, grávida, estava com a sua filha no metro e, como mostram as imagens divulgadas na internet, foi retirada à força da carruagem e obrigada a permanecer num banco pelos agentes de fiscalização.

Segundo a BBC, a mulher foi transportada para o hospital e os dois seguranças foram suspensos. A polícia de Estocolmo confirmou ainda que foi aberta uma investigação sobre o incidente, podendo se tratar de um caso de agressão, uma vez que a mulher ficou ferida.

“Há muitos vídeos gravados com telemóveis que têm sido partilhados e que parecem mostrar que os seguranças foram demasiado violentos”, disse Henrik Palmer, representante da empresa de transportes públicos da Suécia.

Numa declaração partilhada esta sexta-feira, a empresa de metro de Hotorget, Estocolmo, disse à BBC que o incidente estava a ser investigado, mas defende que os agentes de segurança têm o direito de “prender as pessoas que estão a perturbar a ordem”.

“O que sabemos é que esta mulher foi apanhada sem um bilhete válido numa verificação de rotina e foi-lhe passada uma multa. Recusou-se a pagar e por isso foi-lhe pedido que saísse da carruagem. Como não o fez, os guardas tiveram que a retirar do metro, que foi quando começou a gritar e a oferecer resistência”, disse o porta-voz.

O vídeo partilhado nas redes sociais levou algumas activistas a criticarem a discriminação de que as pessoas negras são alvo na Suécia. Alan Ali, da organização feminista e anti-racista sueca Men for Gender Equality, disse que “quando se trata de pessoas de cor – suecos não brancos – há muitas evidências de que os seguranças usam a violência mesmo quando é totalmente desnecessário”. Já a blogger Lovette Jallow diz que este episódio se trata de um “acto de discriminação em função da raça”.

Depois de quatro meses de impasse, a esquerda e a direita moderada da Suécia chegaram a um acordo inédito para governar sem a extrema-direta. Contudo, Democratas Suecos – cujas origens remontam ao movimento neonazi sueco da segunda metade do século passado – surgiram nas sondagens como principais concorrentes do Partido Social Democrata, de centro-esquerda.

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