Rotas europeias impulsionam subida de passageiros da TAP

Companhia aérea transportou mais 10,4% de passageiros em 2018, que chegaram aos 15,8 milhões. Em 2017 a subida tinha sido de 21,7%, com a empresa a mostrar um abrandamento. Dados financeiros ainda não são conhecidos.

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Maior subida relativa coube aos voos entre Portugal Continental e os arquipélagos da Madeira e dos Açores Bruno Lisita

A TAP transportou 15,8 milhões de passageiros no ano passado, o que representa uma subida de 10,4% face a 2017. De acordo com a transportadora aérea, este indicador fica “bastante acima das médias de crescimento das companhias aéreas na Europa e a nível global”, mas foi inferior ao crescimento de 21,7% que registara em 2017. Agora, falta saber o comportamento das receitas e se o grupo se manteve ou não lucrativo.

De acordo com o comunicado da empresa liderada por Antonoaldo Neves, as rotas que mais contribuíram para a subida do número de passageiros foram as europeias, “nas quais a TAP transportou mais 932 mil passageiros” (+10,7%), o que equivale a perto de 2/3 do crescimento total. Já a maior subida relativa coube aos voos entre Portugal Continental e os arquipélagos da Madeira e dos Açores, que cresceram 13,5%, (156 mil passageiros), chegando aos 1,3 milhões.

A empresa assinala ainda que nos voos entre Lisboa, Porto e Faro se ultrapassou pela primeira vez a fasquia de um milhão de passageiros e destaca as subidas registadas nas rotas africanas, na ligação aos EUA - onde tem feito uma “grande aposta e investimento” - e nos voos para o Brasil.

No comunicado, a empresa avança que houve um aumento da oferta superior ao da procura, o que colocou o load factor (taxa de ocupação dos lugares oferecidos) nos 81%, "menos dois pontos percentuais do que em 2017". Um valor que, diz a TAP, colocou a taxa de ocupação “em níveis semelhantes aos da média das restantes companhias europeias (81,7%) e acima da média mundial”.

Contas por conhecer

Dentro de poucos meses serão conhecidas as contas da companhia aérea e do grupo, que voltou aos lucros em 2017 com um resultado de 21,2 milhões de euros, depois de nove anos de prejuízos.

Numa intervenção no dia 15 de Janeiro, o presidente do conselho de administração, Miguel Frasquilho, já veio baixar um pouco as expectativas ao afirmar, citado pela Lusa, que o exercício que terminou no ano passado será um "intervalo de curtíssimo prazo" na trajectória dos resultados da TAP, que a médio e longo prazo é "positiva e crescente".

Entre os factores de penalização enunciados está a desvalorização cambial do real, a subida do preço dos combustíveis (ligado ao custo do petróleo) e o número elevado de cancelamentos e atrasos de voos que obrigaram a indemnizações "muito acima dos padrões normais".

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