Tancos: CDS quer relatórios do oficial de dia na noite do furto
António Carlos Monteiro afirmou que a comissão recebeu os relatórios do oficial de dia que estava de serviço nessa noite, mas está em falta o anexo das comunicações feitas depois de ter sido feito o assalto.
O CDS-PP pediu nesta quarta-feira para o Exército enviar com urgência à comissão parlamentar de inquérito de Tancos as comunicações dos militares encarregues da segurança na noite do furto, em Junho de 2017.
Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, em Lisboa, o deputado centrista António Carlos Monteiro afirmou que a comissão recebeu os relatórios do oficial de dia que estava de serviço nessa noite, mas está em falta o anexo das comunicações feitas depois de ter sido feito o assalto.
Assim, "não se sabe com quem falaram, quando falaram e o que disseram", nem quando falaram os militares que estavam responsáveis pela segurança, precisou.
Esta documentação, afirmou, "é essencial" para se "perceberem os procedimentos" adoptados após o furto.
Os centristas esperam que o Exército remeta essa documentação ainda nesta quarta-feira, dado que vai ser ouvido o comandante da unidade que tinha a responsabilidade da segurança das instalações de Tancos na noite do furto, coronel João Paulo de Almeida.
A comissão de inquérito ao furto de Tancos, insistiu, "tem que apurar todas as responsabilidades, doa a quem doer".
Segundo António Carlos Monteiro, nessa noite não foram feitas nem rondas, nem os militares tinha veículo para fazer a vigilância.
E em vez dos oito homens, o efectivo tinha seis homens que, pelas informações de que dispõe, "estavam na casa da guarda a dormir".
A comissão de inquérito para apurar as responsabilidades políticas no furto de material militar em Tancos, que tem previstas audições a mais de 60 personalidades e entidades, vai decorrer até Maio de 2019, e é prorrogável por mais 90 dias.
O caso do furto de armas em Tancos ganhou importantes desenvolvimentos em 2018, tendo sido detidos, numa operação do Ministério Público e da Polícia Judiciária, sete militares da Polícia Judiciária Militar (PJM) e da GNR, suspeitos de terem forjado a recuperação do material em conivência com o presumível autor do roubo.