No dia do 82.º aniversário, Papa Francisco pede a abolição universal da pena de morte
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, na Argentina, a 17 de Dezembro de 1936. Assinala-se agora o sexto aniversário celebrado enquanto líder máximo da Igreja Católica.
No dia em que celebra 82 anos, o Papa Francisco pediu a todos os Estados que continuam a aplicar a pena de morte para "adoptar uma moratória com vista à abolição desta forma cruel de punição".
Francisco fez este apelo num discurso perante membros de uma comissão internacional contra a pena de morte, com os quais se reuniu hoje numa audiência privada.
Na mensagem, o sumo pontífice convidou todos os estados que, apesar de não terem abolido a pena de morte já não a aplicam, a "continuar a cumprir este compromisso internacional e que a moratória não se aplique apenas à execução da sentença, mas também à imposição de sentenças de morte".
"A moratória não pode ser vivida pelos condenados como um mero prolongamento da espera peka sua execução", disse.
Aos estados que continuam a aplicar esta pena o Papa disse: "Peço que adoptem uma moratória com vista à abolição desta cruel forma de punição".
"A suspensão de execuções e a redução de crimes puníveis com pena capital, bem como a proibição desta forma de punição para menores, gestantes ou pessoas com deficiências mentais ou intelectuais, são objectivos mínimos com os quais líderes de todo os países do mundo se devem comprometer", acrescentou.
O Papa lembrou que na nova formulação do Catecismo da Igreja Católica a aplicação da pena de morte é "inadmissível" em qualquer caso.
Portanto, "a nova redacção do Catecismo também implica assumir a nossa responsabilidade pelo passado e reconhecer que a aceitação desta forma de punição foi o resultado de uma mentalidade da época, mais legalista do cristianismo", disse.
"Ninguém pode tirar a sua vida ou a esperança de sua redenção e reconciliação com a comunidade", insistiu.