Forças Armadas dizem que salvaram 671 pessoas este ano
Os militares fizeram um balanço sobre as suas missões de protecção civil e dizem que estiveram no terreno em 7920 missões mais de 40 mil militares.
Os três ramos das Forças Armadas realizaram durante este ano 7.920 missões de apoio directo às populações e aos seus bens. O Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA) fez esta quarta-feira um balanço da actividade dos militares e diz que essas missões permitiram "salvar 671 vidas humanas".
"Desde o início deste ano, as Forças Armadas já realizaram 7.920 missões com empenhamento de 41.810 militares em apoio directo às populações e aos seus bens, apoio que permitiu salvar 671 vidas humanas", escreve o EMGFA.
Num ano em que os militares estiveram debaixo de críticas, o EMFGA quer dar conta do trabalho dos militares em território nacional que dizem directamente ao apoio à população. Assim, de acordo com o levantamento feito, "foram realizadas 6.048 missões de apoio à Autoridade Nacional de Protecção Civil, ao Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e no âmbito de Protocolos de Cooperação Municipais".
Este ano, os militares tiveram uma presença mais visível em missões de Protecção Civil, nomeadamente com o apoio logístico, de engenharia, ou em missões de vigilância para prevenir incêndios. Os dados recolhidos mostram que os militares realizaram 5.128 missões de "patrulha de vigilância e sensibilização das populações nas matas nacionais e perímetros florestais em 15 distritos do território" e 920 missões de "apoios de engenharia nos distritos de Aveiro, Leiria, Setúbal e Faro".
Numa análise mais fina, os militares contam que apoiaram a Autoridade Nacional de Protecção Civil no deslizamento de terras na pedreira de Borba, "que mobilizou um total de 170 militares (Destacamento de Mergulhadores Sapadores, Equipa Hidrográfica Rápida do Instituto Hidrográfico e Equipa de Fuzileiros da Marinha portuguesa, assim como oficiais de engenharia do Exército), apoiados por 13 meios, entre os quais 6 viaturas".
No comunicado, o EMGFA refere que só no mês de Novembro, foram realizadas "205 missões de apoio ao ICNF e Protocolos de Cooperação Municipal, das quais 140 são apoios de engenharia e 65 são patrulhas de vigilância e de sensibilização"
Para 2019, os militares terão um reforço do investimento para adquirirem meios aéreos de combate a incêndios e ao mesmo tempo um reforço das suas competências em áreas de Protecção Civil, nomeadamente quando passarem a gerir os meios aéreos de combate a incêndios. A Força Aérea deverá passar a gerir as aeronaves do Estado destinadas ao combate a incêndios bem como os contratos de locação de meios aéreos a privados. Um processo complexo, que ainda agora começou a ser trabalhado pelo Ministério da Defesa e pela Força Aérea.