Escola de Sabrosa cria gabinete para apoio aos alunos após morte de duas colegas
Crianças, que frequentavam o 4.º e o 7.º anos de escolaridade, foram encontradas mortas este domingo juntamente com os pais e um tio. Intoxicação por inalação de monóxido de carbono é apontada como a causa mais provável.
O agrupamento de escolas Miguel Torga, em Sabrosa, preparou um gabinete de crise, com psicólogos e assistentes sociais, para acompanhar os colegas das meninas que morreram em Fermentões.
Adelino Tomás, director do agrupamento de escolas, disse à agência Lusa que mal soube da notícia, no domingo, foi logo "preparado um gabinete de crise" para acompanhar os alunos, em particular os das turmas das meninas, que frequentavam o 4.º e o 7.º anos de escolaridade.
O responsável explicou que ao dispor das crianças e jovens estão, desde as 9h, psicólogos e assistentes sociais, inclusive da associação Bagos d'Ouro, que se voluntariaram para ajudar.
A tragédia aconteceu numa casa da aldeia de Fermentões, no concelho de Sabrosa, distrito de Vila Real, onde foram encontradas mortas as meninas, os pais e um tio, sendo apontada como causa mais provável a inalação de monóxido de carbono.
Adelino Tomás falou numa "notícia trágica" que afectou toda a escola e indicou que esta manhã foi feito um "emocionado minuto de silêncio" pelas meninas.
As crianças estavam a ser acompanhadas pela Bagos d'Ouro, uma associação Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) de iniciativa exclusivamente privada, criada em 2010, com a missão de promover a educação de crianças e jovens carenciados do Douro como forma de inclusão social no território.
O casal estava a realizar obras na pequena casa em Fermentões para terem melhores condições. A família residia, durante a semana, numa quinta do Douro, onde os pais eram caseiros e só ao fim de semana iam à aldeia natal.