Cândida Pinto e Helena Garrido escolhidas para directoras-adjuntas de Informação da RTP

A administração liderada por Gonçalo Reis aceitou a proposta da directora de Informação, Maria Flor Pedroso, para a nova estrutura. Cândida Pinto muda-se da SIC, onde estava desde a criação da estação privada.

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Para Cândida Pinto será um regresso à estação pública trinta anos depois de ali ter feito formação em televisão pedro cunha

A jornalista da SIC Cândida Pinto e a jornalista Helena Garrido, antiga directora do Jornal de Negócios e actual comentadora da RTP vão integrar a direcção de Informação da RTP como directoras-adjuntas, apurou o PÚBLICO.

Maria Flor Pedroso, que foi nomeada directora de Informação de televisão há um mês na sequência da saída de Paulo Dentinho, mantém como adjunto o jornalista António José Teixeira e volta a promover também a esse cargo Hugo Gilberto (este último está no Centro de Produção do Norte da RTP). Hugo Gilberto tinha “descido” a subdirector na remodelação do final de Julho.

Para subdirectores foram escolhidos Alexandre Brito, Joana Garcia (ambos tinham saído da direcção de Informação por Paulo Dentinho na remodelação que fizera no Verão, mas apenas o primeiro a seu pedido) e Rui Romano.

A saída dos até aqui directores adjuntos João Fernando Ramos e Vítor Gonçalves e a nomeação das duas novas directoras adjuntas terão de ser alvo de parecer vinculativo da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, depois de ouvir todos os profissionais em causa.

Numa mensagem enviada à redacção por email, a directora Maria Flor Pedroso deixa um "agradecimento público e reconhecido pelo trabalho desempenhado neste tempo intermédio e difícil à espera" da sua decisão aos adjuntos e subdirectores que agora saem da direcção.

"A Rosário Lira, Alexandre Leandro, Vítor Gonçalves e João Fernando Ramos agradeço a confiança, o trabalho e empenhamento por estes dias de indefinição desde 19 de Outubro [a data da sua formalização como directora depois do parecer positivo da ERC]", escreve Maria Flor Pedroso que acrescenta ter ouvido "muita gente" para a escolha da sua equipa.

A directora convocou o Conselho de Redacção para a próxima semana e lembra que faltam ainda "questões processuais" - o parecer positivo da ERC - para que "a nova equipa seja uma realidade".

Um regresso, uma formalização

Para Cândida Pinto será um regresso à estação pública trinta anos depois de ali ter feito formação em televisão quando era em simultâneo jornalista na Antena 1. Entretanto passou também pela TSF e está na SIC desde a criação daquele canal privado. Ali notabilizou-se pelos conteúdos de investigação e pelas reportagens em cenários de conflito. Esteve também na direcção da SIC Notícias durante alguns anos – tal como António José Teixeira.

Helena Garrido, antiga jornalista do PÚBLICO, fez a sua carreira no jornalismo económico, tempo passado por vários jornais da especialidade – como subdirectora do Diário Económico e mais recentemente directora do Jornal de Negócios – e generalistas como o Diário de Notícias e Expresso. É cara assídua nos painéis de comentadores da RTP, voz de análise semanal na Antena 1 e colunista no Observador.

Contratações não serão pacíficas na empresa

Embora a escolha de Maria Flor Pedroso para directora de Informação tenha deixado alguma satisfação por ter sido encontrada uma solução interna na empresa – esse foi, aliás, o único elogio que o Conselho de Redacção da RTP deixou no seu parecer –, a contratação de duas directoras adjuntas no mercado deverá causar mal-estar na redacção da estação pública. O processo de regularização de trabalhadores precários tem-se arrastado e ainda na passada segunda-feira se realizou um protesto destes trabalhadores à porta da empresa.

Dos 300 trabalhadores da rádio e da televisão públicas que se candidataram ao programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública (PREVPAP), apenas 130 tiveram resposta positiva para serem integrados nos quadros já há vários meses, mas essa formalização continua por acontecer. Além disso, há casos com discrepâncias, em que a administração considera que devem ser integrados mas a comissão de avaliação não e vice-versa.

Notícia actualizada às 23h com o conteúdo da mensagem da directora de Informação à redacção.

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