Infantino admite punir jogadores que entrem numa possível Super Liga Europeia

Presidente da FIFA está contra a criação de uma prova à margem do organismos que tutelam o futebol: "Se sais, sais definitivamente".

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Reuters/MAXIM SHEMETOV

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, admite banir os futebolistas que possam vir a jogar numa eventual Super Liga Europeia, competição que, a ser criada, não deverá ficar na estrutura encabeçada pelo organismo.

Em declarações a um grupo de repórteres na sede da FIFA, odirigente deixou o aviso de que os melhores jogadores do mundo serão punidos se abandonarem as competições oficiais reconhecidas pelo organismo para integrarem uma Liga privada.

"Ou estás dentro ou estás fora. Está tudo incluído", alertou o italiano, enumerando não só o Campeonato do Mundo, mas também os Europeus de selecções e os campeonatos nacionais como competições das quais os jogadores poderão ser excluídos.

Onze clubes históricos das cinco principais Ligas europeias - Espanha, Inglaterra, Alemanha, Itália e França -, com mais cinco equipas desses países convidadas, trabalham na possibilidade de criar uma Super Liga de 16 equipas para começar em 2021, substituindo a Liga dos Campeões e fugindo do controlo da UEFA.

"Se sais, sais definitivamente. Não podes ficar com um pé dentro e outro fora", reforçou o director jurídico da FIFA, Alasdair Bell, que, tal como Infantino, pertenceu aos quadros da UEFA durante muito tempo, mudando os prémios monetários da Liga dos Campeões e as regras de entrada para favorecer os clubes de elite e impedir ameaças separatistas.

Infantino, presidente da FIFA desde 2016, já planeou a criação de um renovado Campeonato do Mundo de clubes de 24 equipas, com 12 europeias, que acredita ser a solução para "impedir qualquer tentativa de pensar sequer na possibilidade de uma liga desse género".

Um grupo de trabalho da FIFA irá avaliar uma renovação de competições, incluindo um novo evento para todas as selecções disputarem a cada dois anos, com Infantino à espera de uma decisão sobre o assunto no Conselho da FIFA em Miami, a realizar em Março de 2019.