Presidente da República congratula-se com subida do rating de Portugal
A Moody's foi "a última [agência de notação financeira] a reconhecer" a recupeação do país, refere a nota publicada no site da Presidência.
O Presidente da República agradeceu esta sexta-feira aos portugueses os esforços destes anos, que permitiram a decisão de mais uma agência internacional de notação financeira de subir o rating atribuído a Portugal.
Numa nota publicada no site da Presidência, o chefe de Estado sublinha que esta agência, a norte-americana Moody's, foi "a última a reconhecer" a recuperação do país e "a reconhecer agora que o investimento em Portugal é credível e com futuro".
A agência de notação financeira Moody's subiu o rating de Portugal para Baa3, com perspectiva estável, retirando o país do "lixo".
Desde Julho de 2014 que a agência de rating norte-americana tinha atribuído a Portugal a notação Ba1, sendo até hoje a única entre as quatro maiores agências a atribuir à dívida pública portuguesa uma nota especulativa, quando já Standard & Poor's (S&P), Fitch e DBRS tinham colocado o país no patamar de investimento.
Para a subida do rating, a Moody's apresenta duas razões: "a elevada dívida pública de Portugal tem evoluído para uma tendência de queda sustentável, embora gradual, com limitados riscos de reversão", e o "alargamento dos 'motores' de crescimento de Portugal e uma melhoria da posição externa", que "aumentaram a resiliência económica".
Também hoje, a agência canadiana DBRS manteve o rating atribuído a Portugal em BBB, com perspectiva estável, depois de em Abril ter melhorado a notação financeira de BBB (baixo).
"A confirmação da perspectiva estável reflecte a visão da DBRS que os riscos para a notação estão amplamente equilibrados", refere a agência de rating em comunicado, salientando que, "embora moderado na primeira metade de 2018, quando comparado com 2017, projecta-se um crescimento real do PIB [Produto Interno Bruto] de 2,3% para o ano completo, acima da média da zona euro".
De acordo com a DBRS, o défice orçamental e o rácio da dívida relativamente ao PIB vão "continuar a diminuir" e o crédito malparado (NPL) dos bancos também está a recuar.