Legionella detectada em chuveiros leva ao encerramento das piscinas de Azambuja

Autarquia recomenda a quem tenha frequentado as instalações das piscinas nos últimos 15 dias que permaneça atentos a eventuais sintomas.

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Rita Franca

A Câmara de Azambuja decidiu, na tarde de terça-feira, encerrar temporariamente o Complexo de Piscinas da vila, depois de terem sido conhecidos resultados de análises de rotina, que detectaram a presença de bactérias de legionella nas cabeças de alguns chuveiros. A autarquia afiança que as bactérias foram detectadas “num número reduzido de chuveiros” e “em balneários com baixo volume de utilização”.

Em comunicado, a autarquia azambujense acrescenta que tem seguido todas as normas de prevenção da presença da legionella, mas recomenda aos utilizadores que tenham frequentado as instalações das piscinas nos últimos 15 dias que “permaneçam atentos a eventuais sintomas semelhantes aos da gripe, como dores de cabeça, febre, tosse seca, falta de ar, arrepios ou diarreia. Nesse caso, deverão recorrer aos serviços de saúde”, avisa a autarquia ribatejana.

O município explica, também, que vai desenvolver novas acções de desinfecção e realizar análises diárias para acompanhar o evoluir da situação. E não avança previsões sobre a data de reabertura do complexo de piscinas, que serve todo o concelho, com cerca de 22 mil habitantes.

Assegurando que “nunca ignorou” as precauções associadas à legionella, sobretudo no que diz respeito à legionella pneumophila, a câmara de Azambuja sustenta que possui um manual de procedimentos, elaborado de acordo com as recomendações do Serviço Nacional de Saúde, que “é integralmente cumprido”.

“No que se refere ao controlo da bactéria legionella, têm sido seguidas as indicações que constam do documento ‘Prevenção da doença dos Legionários em balneários – manual de boas práticas’”, acrescenta a autarquia, precisando que os trabalhos de manutenção são feitos por uma empresa especializada contratada para o efeito. “A última intervenção, com este carácter preventivo, teve lugar na pausa do recente mês de Agosto, tendo sido efectuada em todas as instalações do Complexo de Piscinas, nomeadamente, a desinfecção dos crivos das torneiras e das cabeças dos chuveiros, bem como a desinfecção das águas quentes sanitárias através de choque térmico, em que a temperatura da água é aumentada até aos 80º, fazendo-a circular por todo o sistema de canalizações durante 3 horas”, salienta.

De acordo com a Câmara azambujense, a situação está a ser acompanhada com “análises diárias de autocontrolo e análises fisico-químicas e microbiológicas, realizadas por entidades externas certificadas”, entre as quais o Laboratório dos Serviços Intermunicipalizados de Águas e Resíduos de Loures e Odivelas, o Departamento de Saúde Ambiental do Serviço Nacional de Saúde e o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge.

“Todas as análises bacteriológicas realizadas atestam a qualidade da água dos tanques das piscinas, conforme definida na respectiva norma. E relativamente à detecção de legionella, o resultado foi negativo em todas as unidades de tratamento do ar, acusando a sua presença apenas em algumas cabeças de chuveiro existentes em balneários com menor utilização”, explica a autarquia, frisando que a decisão de encerramento do Complexo de Piscinas se deve “à necessidade de proceder a um tratamento químico e térmico que não permite que o equipamento esteja aberto ao público”.

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