Tancos: Prisão preventiva para o director da PJ Militar e para o presumível autor do furto

No total, oito homens estão a ser investigados no âmbito do reaparecimento das armas furtadas em Tancos.

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Rui Gaudêncio

Já são conhecidas as medidas de coacção para os arguidos da investigação ao reaparecimento das armas furtadas em Tancos. O principal arguido da Operação Húbris, e presumível autor do furto de material militar em 2017, bem como o director da Polícia Judiciária Militar, ficam em prisão preventiva, apurou o PÚBLICO. Os restantes arguidos ficam em liberdade, a aguardar o desenrolar do processo. Ficam suspensos de funções, proibidos de contactos entre eles e impedidos de entrar nas instalações da Polícia Judiciária Militar e dos quartéis da GNR. O Ministério Público tinha pedido prisão preventiva para os oito arguidos detidos.

Os suspeitos tinham sido presentes ao juiz de instrução criminal, João Bártolo, o responsável pela aplicação das medidas de coacção aos arguidos, na quinta-feira. 

O grupo de arguidos é composto por quatro agentes da Polícia Judiciária Militar, três agentes da GNR e o alegado autor do furto, um homem de 36 anos, ex-militar, referenciado pelas polícias como traficante de droga e de armas.

Operação Húbris investiga o aparecimento na Chamusca, em Outubro de 2017, de material militar furtado nos paióis de Tancos e, segundo o Ministério Público, em causa estão "factos susceptíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, receptação, detenção de arma proibida e tráfico de armas".

O furto de material militar dos paióis de Tancos (instalação entretanto desactivada) foi revelado no final de Junho de 2017. Entre o material furtado estavam granadas, demais explosivos e uma grande quantidade de munições.

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