Motivos financeiros também na origem do homicídio de triatleta, que morreu com um tiro na cabeça

Mulher de Luís Grilo e o seu amante foram detidos. O alegado crime aconteceu a 15 de Julho, um dia antes de ser comunicado o desaparecimento do triatleta.

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Daniel Rocha

Foram não apenas motivos passionais mas também financeiros que estiveram na origem do homicídio do triatleta de 50 anos Luís Grilo, revelou esta quinta-feira a Polícia Judiciária, em conferência de imprensa.

O atleta desapareceu em Julho. Segundo a sua mulher — agora a principal suspeita do crime juntamente com o amante – saiu de casa para um treino de bicicleta e nunca mais voltou. Na realidade, o que se terá passado é que foi morto na sua residência com um tiro na cabeça. O corpo veio a aparecer 39 dias mais tarde em adiantado estado de decomposição, num terreno na zona de Aviz, concelho de que é oriunda a arguida.

Rosa Grilo, de 43 anos, teve um filho com o marido, um rapaz de 12 anos. O alegado amante, em nome do qual se encontrava registada a arma de fogo, é oficial de justiça de profissão e tem 41 anos. O responsável pela directoria de Lisboa da Polícia Judiciária, Paulo Rebelo, não quis explicar quais os motivos financeiros que terão estado na origem do crime – se existira um seguro de vida, por exemplo. Acrescentou apenas que Rosa Grilo e o seu alegado cúmplice se conheciam há muito tempo. Ambos estão neste momento detidos preventivamente. 

A Polícia Judiciária acredita ter-se tratado de um homicídio premeditado. "Há fortes indícios nesse sentido", referiu Paulo Rebelo. Os detidos são ainda acusados de profanação de cadáver.

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