CDS-Porto desafia região a tomar posição sobre o recuo do Governo no caso do Infarmed

Estrutura concelhia acusa o ministro Adalberto Campos Fernandes de “atitude leviana” e pede debate nacional com “urgência” sobre descentralização e desconcentração.

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Ministro da Saúde está debaixo de fogo por ter recuado na deslocalziação do Infarmed para o Porto daniel rocha

A comissão política concelhia do CDS-Porto insurgiu-se esta segunda-feira contra o recuo do ministro da Saúde de transferir o Infarmed para o Porto e desafia todas as forças políticas, civis e associativas da região do Porto a tomarem uma posição conjunta.

Considerando “inadmissível a falta de consistência do Governo nesta matéria”, a concelhia do CDS condena, em comunicado, a “actuação desastrosa e danosa do interesse público nacional e dos interesses da região e do país adoptada pelo Governo”.

Tratando-se de uma “questão suprapartidária”, o CDS-Porto, presidido por Isabel Menéres, apela à “realização urgente” de um debate nacional sobre a descentralização e a desconcentração dos serviços do Estado”, que o Governo está a levar a cabo.

Segundo esta estrutura política, “o Porto – o seu município e as suas gentes – foi desrespeitado por esta atitude no mínimo leviana, tomada por quem mostrou não ser conduzido pelo superior interesse do país e nenhuma consideração pelas pessoas e instituições desta região”.

“Esta situação, além do mais, evidencia que o Governo não pretende promover a descentralização, nem a desconcentração dos serviços do Estado. Este anúncio do ministro [Adalberto Campos Fernandes] e do Governo não é acompanhado de um plano de descentralização e de desconcentração de serviços e de instituições para a cidade do Porto ou para as cidades do país”, acrescenta o comunicado, criticando o Governo de “desdizer o que havia anunciado em finais de 2017, sem qualquer pudor nem remorso”.

Adalberto Campos Fernandes disse, na sexta-feira, aos deputados, na comissão parlamentar de Saúde, que "o contexto político mudou significativamente" em relação há um ano, quando a decisão de mudar o Infarmed para o Porto foi tomada pelo Governo.

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