Quem quer adoptar uma colmeia?

Campanha quer voltar a semear e criar novas colmeias em Pedrógão Grande, zona onde os incêndios de 2017 foram devastadores.

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Paulo Pimenta

Foram 53 mil hectares de floresta (75 mil campos de futebol) e milhares de colmeias e pastos de abelhas destruídos. Os efeitos dos incêndios de 2017 no centro do país já fizeram correr muita tinta. Agora, é hora do manifesto dos apicultores, que viram parte do seu negócio ser extinto com as chamas e pensam em formas de dar a volta ao texto.

A campanha Adopte uma Colmeia quer ajudar a “ressemear e criar novas colmeias em Pedrógão Grande”, uma das zonas mais atingidas pelos incêndios de 2017. As abelhas são essenciais para o ecossistema por causa da sua acção polinizadora, sem a qual é quase impossível manter a maior parte das culturas agrícolas e preservar a diversidade das espécies.

No sector apícola, lê-se na descrição do projecto, tem-se notado “alguma dificuldade” em solucionar os problemas criados pelos incêndios e foi por isso que um conjunto de entidades se uniu nesta solução comunitária. A ideia é “criar um fundo autónomo" ao qual os "apicultores afectados possam recorrer para ter alimento, sementes para voltar a semear áreas afectadas e colocar novas colmeias”. E ainda “sensibilizar a sociedade civil para este sector tão importante e tradicional”.

Qualquer pessoa pode participar na campanha até 9 de Setembro. Quem adoptar, terá direito a ter o seu nome numa colmeia e poderá acompanhar o desenvolvimento a partir da plataforma da APiS Technology, uma das entidades organizadoras da iniciativa que estará no terreno a partir de Outubro. Ao contribuir, está a fornecer alimento artificial, a dar sementes para a plantação de pasto e a contribuir para a criação de um apiário didáctico em Pedrógão Grande. Mediante o valor doado — mínimo de cinco euros —, poderá também ter uma recompensa. 

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