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PSD e CDS sem coligações mas com possível acordo

Sem coligações pré-eleitorais à direita, Cristas já assumiu que apoiará parlamentarmente um Governo do PSD

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Rui Gaudencio
Assunção Cristas já assumiu que o CDS apoiará parlamentarmente um governo do PSD
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Assunção Cristas já assumiu que o CDS apoiará parlamentarmente um governo do PSD Adriano Miranda

À direita, os acordos parlamentares pós-eleitorais entre PSD e CDS são uma hipótese já levantada explicitamente por Assunção Cristas, e não excluída por Rui Rio, mas ambos os líderes partidários já deixaram claro que não haverá coligações pré-eleitorais nem para as eleições europeias marcadas para 26 de Maio de 2019, nem para as legislativas previstas para o início de Outubro do mesmo ano.

A declaração mais clara sobre esta questão foi assumida pela presidente do CDS, Assunção Cristas, que esta semana declarou ser possível o seu partido apoiar um Governo do PSD no Parlamento, no caso de uma vitória de Rui Rio que não permita uma coligação pós-eleitoral de governação.

“Eu acho que tudo é possível. Até isso é possível. Não vejo nenhuma obrigatoriedade de o CDS ir para um Governo com o PSD, se não sentir que há uma convergência suficiente de matérias que leve a isso”, afirmou Assunção Cristas, em entrevista ao podcast Perguntar Não Ofende, de Daniel Oliveira, divulgada na quinta-feira.

Assunção Cristas fez questão de sublinhar que o melhor seria “ter um Governo em conjunto”. Mas não deixou de criticar o líder do PSD acusando-o de não ser claro em relação à sua política de alianças. “Ainda não percebi exactamente o que ele é, com toda a franqueza, porque eu vejo muito ziguezague em muitas matérias. Aqui no Parlamento vemos isso frequentemente, mudanças de posições do PSD”, declarou Assunção Cristas.

Rui Rio não foi ainda categórico sobre o tipo de alianças ou coligações que fará após as legislativas de 2019. Logo que se candidatou à presidência do PSD, que conquistou em eleições internas a Pedro Santana Lopes a 13 de Janeiro, Rui Rio chegou a admitir que o partido por si liderado viesse a apoiar um Governo do PS no Parlamento.

Posteriormente a ser eleito afastou esse cenário. Mas nunca foi explícito em assumir publicamente se fará alianças ou coligações e com quem, reservando qualquer posição neste domínio para o que vier a ser a correlação de forças parlamentares após as legislativas de início de Outubro de 2019.

Ainda esta terça-feira em entrevista ao jornalista Pedro Pinto, no Jornal das 8, da TVI, Rui Rio apenas se referiu a eventuais alianças ou coligações com o CDS em relação à actual legislatura e na eventualidade de o Orçamento do Estado para 2019 vir a ser chumbado pelo BE ou pelo PCP, parceiros de aliança parlamentar com o PS que suporta o Governo de António Costa. Então, disse, caberia ao PSD e ao CDS governarem.

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