Mary Shelley, Lovecraft, Nicolas Cage e Solveig Nordlund no 12.º MOTELX

O festival de terror de Lisboa decorre entre 4 e 9 de Setembro.

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Mandy, filme de Panos Cosmatos com Nicolas Cage, é um dos destaques da programação DR

O MOTELX, o festival lisboeta de cinema de terror (e não só), volta para a sua 12.ª edição entre os dias 4 e 9 de Setembro. Os primeiros indícios da programação (ainda não há, por exemplo, convidados de honra confirmados) foram desvendados esta terça-feira no Cinema São Jorge, o epicentro do festival. 

A mostra arranca com The Nun – A Freira Maldita, de Corin Hardy, o quinto filme do universo The Conjuring (que chega às salas dois dias depois). Seguem-se vários dias de estreias como The Ranger, da norte-americana Jenn Wexler, sobre punks adolescentes, ou Vuelven, da mexicana Issa López, que olha para as vítimas infantis da guerra contra a droga.

Entre os destaques, contam-se filmes como Ghost Stories, co-realizado por Jeremy Dyson, o membro menos visível da trupe de comédia britânica Liga de Cavalheiros, e Andy Nyman. É uma adaptação da peça de teatro escrita por ambos, uma antologia centrada num professor céptico. Outro motivo de interesse é o aguardado Mandy, a segunda longa-metragem do italiano Panos Cosmatos (filho do realizador George P.), um filme violento de vingança com Nicolas Cage e Andrea Riseborough.

Há também Morto Não Fala, a sangrenta estreia nas longas do brasileiro Dennison Ramalho, Brothers’ Nest, comédia negra do australiano Clayton Jacobson, ou Cutterhead, drama de sobrevivência dinamarquês de Rasmus Kloster Bro. Foram também anunciados Aterrados, do argentino Demián Rugna, Ghostland, do francês Pascal Laugier, e Piercing, do norte-americano Nicolas Pesce.

Os 200 anos da publicação de Frankenstein, de Mary Shelley, serão assinalados com a exibição de clássicos inspirados na obra, para adultos e para crianças. Entre eles, os filmes com Boris Karloff e Christopher Lee no papel do monstro, Deuses e Monstros, o filme de Bill Condon sobre James Whale, que realizou dois Frankenstein com Karloff, Castelo Rá-Tim-Bum, de Cao Hamburger, Frankenweenie, de Tim Burton, ou O Mundo é um Manicómio, de Frank Capra. Haverá, igualmente, um debate sobre o livro, com as actrizes Maria João Luís e Isabel Abreu e a jornalista Fernanda Câncio, entre outras.

De relevo é ainda o lançamento de uma edição especial de Os Contos Mais Arrepiantes de H.P. Lovecraft, com desenhos de 22 ilustradores portugueses, apresentada pelo realizador Edgar Pêra e pelo músico Paulo Furtado (The Legendary Tigerman). A dupla mostrará excertos de Lovecraftland, o cine-concerto que está a preparar sobre o influente autor norte-americano. As ilustrações, a cargo de nomes que vão de Diana Andrade a Ricardo Cabral, passando por Raquel Costas, Leonor Pacheco, João Maio Pinto, Luís Corte Real ou Bárbara Lopes, estarão também em exposição.

Na competição de curtas, cujo prémio principal tem um valor pecuniário de cinco mil euros e garante nomeação automática para o prémio europeu Méliès d’Or, há nomes como São José Correia, Célia Fraga, Gonçalo Morais Leitão, Patrícia Maciel e David Vieira.

A secção Quarto Perdido, que revisita obras mais ou menos obscuras das incursões portuguesas pelo terror, será dedicada a Solveig Nordlund, a sueca radicada no nosso país. Mais especificamente, serão exibidos os seus Aparelho Voador a Baixa Altitude, adaptação de um conto de J.G. Ballard de 2002, e A Filha, de 2003.

No aquecimento do festival, que decorre de 30 de Agosto a 2 de Setembro, haverá sessões de cinema em modo drive-in.

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