Já há um português feliz neste Mundial

Irão de Carlos Queiroz vence no arranque do Grupo B.

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Carlos Queiroz HENRY ROMERO/Reuters

A seca durava há 20 anos, mas chegou ao fim com a vitória desta sexta-feira na sua partida inaugural do Grupo B: o Irão voltou aos triunfos em Mundiais ao bater Marrocos por 1-0, num encontro decidido já no período de compensação e graças a um autogolo. Foi também um feito histórico para Carlos Queiroz, o seleccionador português do Irão, que está a disputar o terceiro Campeonato do Mundo da carreira (orientou Portugal em 2010 e o Irão em 2014) e acrescentou uma segunda vitória ao currículo, após a goleada aplicada à Coreia do Norte (7-0) no Mundial da África do Sul.

Aquele histórico triunfo de dia 21 de Junho de 1998, sobre os EUA (2-1), já tem companhia na galeria dos maiores feitos do futebol iraniano. Em São Petersburgo, a equipa orientada por Carlos Queiroz começou por concentrar-se na defesa, resistiu à qualidade dos marroquinos, e nos derradeiros instantes da partida foi feliz e chegou ao golo.

No duelo que marcou o arranque do Grupo B (onde também se disputou o Portugal-Espanha) era imperativo para qualquer das equipas conquistar os três pontos. E, apesar de estarem ausentes de fases finais do Campeonato do Mundo desde 1998, os marroquinos não acusaram a ausência prolongada e assumiram o comando da partida desde o primeiro instante. A equipa comandada por Hervé Renard dominava a posse de bola, jogava com mais velocidade, mas depois não conseguia transpor uma organizada defesa iraniana.

O primeiro momento de grande apuro para a baliza do Irão aconteceu aos 19’: Ziyach, Belhanda, e depois Benatia tentaram inaugurar o marcador, mas em sacrifício a defesa iraniana contrariou todos os remates e impediu o golo. Pouco depois, Hakimi deixou para Harit, que entrou na área e disparou, mas a bola saiu à figura do guarda-redes iraniano Beiranvand.

Queiroz não gostava do que via, e menos satisfeito ficou quando viu Sardar Azmoun esbanjar a melhor oportunidade do Irão na primeira parte. Num contra-ataque rápido, o avançado do Rubin Kazan surgiu isolado mas viu o guarda-redes El Kajoui opôr-se com uma grande defesa e evitar o golo.

No segundo tempo o jogo perdeu ritmo, com as duas equipas a mostrarem maiores cautelas e o receio de perder a sobrepor-se à vontade de ganhar. Com as paragens a sucederem-se, o primeiro lance de perigo surgiu apenas aos 80’, e foi uma ameaça relativa: Ziyach permitiu a defesa do guarda-redes iraniano.

Só que, já no período de compensação, o Irão chegou ao golo que permitiu colocar um ponto final à espera pelo segundo triunfo em Mundiais. Num livre sobre o lado esquerdo, foi o marroquino Bouhaddouz a desviar para a própria baliza — e a dar início à festa dos iranianos, dentro e fora do relvado.

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