Governo garante que viaturas da GNR “serão entregues gradualmente nas próximas semanas”
Fontes da GNR confirmam que cerca de 170 militares do GIPS, que deveriam estrear-se este ano no combate a incêndios, estão neste momento impedidos de actuar devido à falta de veículos.
O Ministério da Administração Interna emitiu um comunicado, nesta sexta-feira, onde garante que as viaturas de combate a incêndios da GNR "serão entregues gradualmente nas próximas semanas".
Depois da vinda a público da falta de meios que impede o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da GNR de actuar devidamente no combate aos fogos, o Governo esclarece, em comunicado, que "todos os militares do GIPS dispõem, neste momento, do Equipamento de Protecção Individual completo, com todos os elementos necessários ao combate aos incêndios".
Anuncia ainda que o Tribunal de Contas visou, na semana passada, os contratos de aquisição de mais 96 viaturas de combate a incêndios rurais para o GIPS, 80 ligeiras e 16 pesadas, que "serão entregues gradualmente nas próximas semanas" - não especificando mais detalhes sobre a duração do processo de entrega – e recorda que, em Maio, o GIPS já recebeu oito novas viaturas de combate a incêndios.
Quanto ao reforço operacional da GNR, o Governo assegura que, este ano, foram recrutados 500 novos elementos para o GIPS e 100 para o SEPNA, "o que significa uma duplicação da sua capacidade em relação a anos anteriores", garantindo que esta é a primeira vez que o GIPS terá actuação em todo o território do Continente e na Madeira, tanto no combate inicial, como no combate ampliado a incêndios rurais.
Nesta sexta-feira, o PÚBLICO noticiou que cerca de 170 militares do GIPS, que deveriam estrear-se este ano no combate aos incêndios de maior dimensão, estão impedidos de actuar porque a GNR ainda aguarda pela chegada de quatro autotanques pesados e 12 médios, informação confirmada por duas fontes da Guarda Nacional Republicana. O reforço de operacionais, viaturas e aeronaves faz parte de uma aposta do Governo para o dispositivo de combate aos incêndios deste ano, após os trágicos incêndios do ano passado que destruíram mais de 442 mil hectares e mataram mais de 110 pessoas.