O que se dá ao mar, o mar devolve, e esse é o caso das cotonetes de plástico que, deitadas à sanita, navegam até ao oceano. No entanto, a Escócia quer contornar e interromper esse ciclo através de uma medida que, espera-se, “reduzirá a poluição marítima” daquele país “em 50%”, avança o Treehugger. Este é o primeiro país do Reino Unido a banir as cotonetes de plástico.
Ao The Guardian, a responsável pela pasta do Ambiente do governo escocês, Roseanna Cunningham, explica que “a rede de esgotos acumula e trata 945 mil litros de águas residuais todos os dias”. O sistema “não está preparado para remover pequenos objectos de plástico, como as cotonetes de plástico”. O perigo do utensílio de higiene para a vida animal é grande, e pode matar “animais marinhos e pássaros que os engulam”, avisa.
Após diversas campanhas ambientais, algumas lojas daquele país começaram a trocar as cotonetes de plástico pelas de papel ou de outros materiais biodegradáveis, mas ainda há pequenas lojas em que estes “inimigos ambientais” podem ser encontrados.
A Sociedade de Conservação Marinha da Escócia realizou, em 2017, uma acção de limpeza das praias em conjunto com a Cotton Bud Project, a “Great British Beach Clean”. Encontraram, “em média, 29 cotonetes por cada 100 metros”, num total de “mais de 3500” espalhadas pelas praias escocesas, cita a BBC. Em 2017, a Johnson & Johnson anunciou que a parte de plástico das cotonetes vendidas pela marca seria substituída por papel.