Campainhas revelam-se freneticamente. Caem números na parede e rolam sons. Diferentes. Sobrepostos. Disputam pódios no pequeno ecrã.
Victoria concorre com o número dois. Ganha diariamente atenções perdidas. Horas de inadiáveis pedidos. Necessidades pequenas. Mesquinhas. Enroladas em guardanapos, sujos e peganhentos. Papéis de vida remoída e reinventada, atulhados no pequeno balde do lixo nas longas horas de solidão e arremessados em rancores sonoros que acendem passos. Correrias explodem no ar. Foguetes de som.
Campainhas anunciando necessidades. Secas, hirtas e impossíveis de satisfazer. Voláteis, esfumam-se no ar. Músicas dissonantes. Pautas de vida retidas nos resguardos plásticos da cadeira, humedecidos com urina.