Não se consegue precisar o início do "drift triking", mas o fenómeno propagou-se rapidamente na web. “Vi um video no YouTube, falei com a organização da Nova Zelândia e criei o site português”, conta Fábio Eliseu ao P3.
O principal impulsionador da nova modalidade, em Portugal, revela que há 100 praticantes lusos, no máximo, contudo, as perspectivas são bastante animadoras. “2011 foi o ano explosivo do "drift triking" com a realização do 1.º campeonato do mundo”.
Fábio estima que perto de 1 milhão de pessoas se dedica ao "drift triking". Na Europa, Itália e Inglaterra colocam-se na linha da frente, enquanto EUA e, sobretudo, Nova Zelândia assumem-se como os motores da modalidade.
Os requisitos para poder praticar não são muitos. O site Drift Trikes disponibiliza todas as informações necessárias à construção do "trike" — triciclo —, discriminando os elementos essenciais: um quadro de uma bicicleta BMX, um eixo traseiro compatível, rodas e um banco. A segurança dos aventureiros também não é deixada ao acaso e recomenda-se a utilização de capacete e outras protecções.
“Com 50 euros fiz o meu trike”
O baixo custo do "drift triking" é um dos factores mais cativantes e leva a que os adeptos de desportos radicais troquem paixões antigas pela novidade, menos dispendiosa. “Muito pessoal que faz 'downhill' e outros desportos radicais acaba por pegar nas peças de bicletas velhas que têm e fazem o seu trike”.
Para que não restem dúvidas, Fábio Eliseu socorre-se do seu próprio exemplo. “Com 50 euros fiz o meu 'trike'”, conta. O objectivo é derrapar, por isso, “quem ganha não pode ser o 1.º a chegar; tem que fazer 'drifts.'” No entanto, ao volante de um 'trike', pode-se atingir 70 quilómetros por hora. Nada mau para um triciclo.