Jorge Coelho está de regresso à administração da Mota Engil
Assembleia geral aprovou o alargamento do conselho de administração do grupo, que é agora composto por 21 membros. Coelho esteve na presidência executiva do grupo entre 2008 e 2013
O antigo ministro socialista Jorge Coelho vai voltar a sentar-se na administração do grupo Mota Engil, e partilhar com o actual presidente executivo, Gonçalo Moura Martins, e com Arnaldo Figueiredo, a vice-presidência do conselho de administração do grupo. A presidência do conselho de administração continua entregue a António Mota.
Em assembleia-geral que decorreu esta sexta-feira no Porto, os representantes de 79,25% do capital social da empresa aprovaram o alargamento da mesa de administração para o número máximo de elementos permitidos pelos estatutos: 21 membros.
O conselho de administração da Mota-Engil era composto por 17 elementos. As várias deliberações apresentadas na assembleia-geral sobre este alargamento e respectivas remunerações foram aprovadas com 88% dos votos. Entre os novos nomes que vão aceder ao lugar à administração do grupo estão os nomes de Jorge Coelho e do embaixador Francisco Seixas da Costa. Ambos já pertenciam ao conselho estratégico do grupo, onde também está o ex-ministro Paulo Portas.
Seixas da Costa está também nas administrações da EDP Renováveis e da Jerónimo Martins. Na Mota-Engil, terá ainda a companhia de Sofia Salgado Cerveira Pinto e Ana Paula Chaves e Sá Ribeiro como vogais.
Esta decisão accionista marca o regresso ao conselho de administração de Jorge Coelho, que assumiu mesmo a presidência executiva do grupo entre 2008 e 2013. Nessa altura, Coelho resignou do cargo alegando razões pessoais, mas manteendo a ligação ao grupo nortenho como consultor.
No conselho de administração do grupo mantém-se também outros políticos como Luís Valente de Oliveira, ex-ministro de Cavaco Silva e Durão Barroso, e Lobo Xavier, antigo dirigente do CDS, que ocupa lugares de administração em várias empresas (entre elas o grupo Sonae, proprietário do PÚBLICO).
A AG aprovou ainda, por unanimidade, os pontos relativos à apreciação do relatório e contas do exercício de 2017. A construtora registou uma quebra de lucros de 97%, ficando-se nos dois milhões de euros, e pela primeira vez em 20 anos não vai pagar dividendos aos accionistas.