Abro o Facebook e "posto" uma imagem, uma mensagem, um comentário, um link, um grito, uma revolta, uma derrota, uma vitória, um sorriso, uma lágrima, o meu nascimento, a minha morte, a tua vida, a minha sorte, mas já não é meu, já não é nada meu e nem a minha página pessoal é pessoal, é do Facebook e para o Facebook fazer da minha vida, das minhas fotografias, imagens e pensamentos o que bem aprouver ao Mark Zuckerberg e seus associados.
O mesmo com a página do Jovem Conservador de Direita a qual, surpresa das surpresas, não é do Jovem mas sim do trombas e respectiva direcção, uma empresa, portanto, e privada, pois claro, com termos de uso, para quem ainda não reparou, termos prontamente assinados e compreendidos por todos quantos almejam pertencer à maior rede social do mundo, Jovem Conservador de Direita e moi-même incluídos.
E por aqui se percebe, da pior maneira possível, como o "fuças" procurou unir, mas nem por isso libertar, todos os povos do mundo. Qual então a sua função, qual o seu propósito? A partir do momento em que está em bolsa, fazer dinheiro, com ou sem censura, porque o "face" é um país próprio, um planeta próprio, um mundo próprio, com as suas regras e os seus modos de conduta, os seus sinais de trânsito, as suas leis, juízes e tribunais e sempre, mas sempre, com a última palavra.
Porque se quiseres entrar no meu clube vais fazer aquilo que eu quero. É como se nos comportássemos como crianças, a brincar ao faz de conta. Vamos fazer de conta que somos todos famosos e temos as nossas fotografias todas na net. Mas, atenção, é só a fazer de conta, porque quando desligas o computador ou o telemóvel esperto continuas a ter de comer, trabalhar, dormir, lutar, doer, sofrer, respirar, inalar, inspirar, insuflar a realidade que te rodeia, consome e come, um membro a seguir ao outro.
Mas há males que vêm por bem, senão façamos uma busca no Google e ei-lo, o blogue do Jovem Conservador de Direita, interrompido em 2016 mas ainda vivo, pelo menos por enquanto e até prova em contrário.
E depois, se o Jovem é mesmo jovem, então certamente sabe como hoje os jovens já não querem saber do "face" para nada, preterido em favor do Instagram e Snapchat, redes sociais onde o mundo ainda acontece, pelo menos por enquanto e até prova em contrário.
Jovem, quando uma porta se fecha há sempre uma janela que se abre. A partir deste momento o Jovem já não pertence a uma empresa e nem precisa dela para nada, pertence ao mundo e pode agora fazer com o mundo o que bem quiser. Agora sim, o Jovem é livre. Longa vida ao Jovem.