Marcelo saúda todos os cidadãos da CPLP no Dia da Língua Portuguesa

Chefe de estado destaca a celebração desta data pelo secretário-geral da ONU, nos jardins da sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.

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Nuno Ferreira Santos

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou neste sábado todos os cidadãos da CPLP, na data em que esta comunidade de países lusófonos celebra o Dia da Cultura e da Língua Portuguesa. Numa nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado defende que o português tem um "inestimável valor" e é "uma língua de futuro", com "um incontestável poder de criar laços e entendimentos" dentro e fora da lusofonia, referindo que tem actualmente "mais de 260 milhões de falantes".

Marcelo Rebelo de Sousa dirige "uma calorosa saudação a todos os cidadãos dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)" – composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste – "que diariamente a usam como instrumento de comunicação, reflexão, expressão e criação cultural".

O dia 5 de Maio foi instituído em 2009 como Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP.

Entre as iniciativas deste ano, o chefe de Estado destaca a celebração desta data "pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, nos Jardins das Nações Unidas, em Nova Iorque, com a presença da secretária-executiva da CPLP, Maria do Carmo Silveira, do humorista e escritor Ricardo Araújo Pereira e do escritor Onésimo Teotónio Almeida". Durante essa sessão, "será evocada a atribuição, há 20 anos, do Prémio Nobel da Literatura ao escritor português José Saramago", salienta.

O Presidente da República considera que a língua portuguesa se encontra "num processo de constante enriquecimento", mantendo "desde há séculos um notável dinamismo", mas "sem nunca perder o seu carácter e a sua natureza própria". Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "desempenha um papel crucial na missão da CPLP, enquanto lugar de diplomacia, de promoção dos valores da democracia política e social, de estímulo à vitalidade económica, de encontro entre culturas", e fora do espaço lusófono é procurada e estudada "como língua de cultura, de ciência, de intercâmbio económico, de criação e inovação". "Nesse sentido, afirma-se como um instrumento único de comunicação nos países lusófonos, em organizações internacionais, no mundo digital e em todos os países que a valorizam como elemento diferenciador", acrescenta.

Na quinta-feira, o chefe de Estado reagiu à candidatura da França a país associado da CPLP, afirmando que Portugal a acolhe de braços abertos e apontando-a como mais um sinal de que a comunidade de países lusófonos está a ganhar peso no mundo.

Actualmente, dez países têm o estatuto de observador associado da CPLP: Geórgia, Hungria, Japão, República Checa, Eslováquia, ilhas Maurícias, Namíbia, Senegal, Turquia e Uruguai. Itália e o principado de Andorra formalizaram igualmente propostas em Janeiro.