O aparelho inovador para a apneia do sono e deixar de ressonar
Airing micro-CPAP quer ser um substituto das máscaras de oxigénio. Aparelho aguarda aprovação da FDA, entidade que regula os medicamentos nos EUA
Tem apenas cinco centímetros de comprimento, três de altura, pesa 25 gramas e encaixa nas narinas directamente. O Airing micro-CPAP funciona como um comum CPAP (sigla inglesa para Continuous Positive Airway Pressure: algo como pressão positiva contínua nas vias aéreas), conseguindo evitar as apneias obstrutivas do sono e o ressonar.
Os distúrbios respiratório do sono são uma "epidemia global que ameaça a saúde e qualidade de vida de cerca de 45% da população mundial", estima a World Sleep Federation, e apesar de a maioria desses distúrbios ser "evitável ou tratável, menos de um terço dos doentes procura ajuda profissional".
Os CPAP previnem a obstrução da garganta, tornando o sono normal, mas o tamanho e o barulho destes aparelhos compressores de ar, ligados a um tubo flexível que é depois ajustado ao nariz ou ao nariz e boca do paciente, tornam-nos incómodos.
A história do Airing micro-CPAP começou como uma resposta a um problema familiar. Ao ver o irmão David ser submetido a um tratamento com CPAP, Stephen A. Marsh começou a pesquisar sobre apneia obstrutiva do sono e os tratamentos disponíveis para esta doença que pode levar ao desenvolvimento de problemas de saúde como a hipertensão, doença cardíaca, diabetes, entre outras. E, de repente, ocorreu-lhe: a tecnologia que tinha desenvolvido para impressoras de jacto de tinta, sensores de impressões digitais e outras aplicações talvez pudesse ser aplicada a um aparelho desenvolvido para David.
Na "start-up" de Massachusetts, nos EUA, o Airing micro-CPAP começava a nascer, em Julho de 2015, e numa campanha de "crowdfunding" ficou provado que o produto seria um sucesso, com o valor pretendido a ser largamente ultrapassado. "Adoramos a ideia de envolver as pessoas directa e indirectamente afectadas pela apneia do sono, neste esforço comum de trazer para o mercado um produto revolucionário", explicavam na plataforma Indiegogo.
Apesar de a campanha já não estar online, os criadores deste dispositivo continuam a aceitar donativos e a melhorar o protótipo. O dispositivo que está a ser desenvolvido pode funcionar até oito horas, com uma bateria interna, e é descartável, ou seja, de utilização única.Recentemente, a "start-up" divulgou um "grande marco" no desenvolvimento da tecnologia por detrás do pequeno aparelho. Para ser comercializado, o produto terá de ter a aprovação da FDA, entidade que regula os medicamentos nos EUA.