A colocação de um tapete de relva sintética, nas zonas de terra do recinto do NOS Alive, no Passeio Marítimo de Algés, Oeiras, é uma das novidades da 10.ª edição do festival, que decorre entre esta quinta-feira e sábado.
Durante uma visita de imprensa realizada esta terça-feira ao recinto, foi possível verificar que as estruturas do festival —palcos, pavilhões de patrocinadores e zonas de restauração — estão nos mesmos sítios de anos anteriores, mas há "melhorias". "Em termos de organização de espaço, utilizamos a técnica das grandes superfícies que é ter os serviços principais nas mesmas localizações para que quem nos visitou seja empírico e não ande à procura dos lugares", disse à agência Lusa o promotor Álvaro Covões. Entre as "melhorias" salta à vista um enorme tapete de relva sintética, que irá evitar nuvens de poeira sempre que o vento soprar mais forte.
A outra "melhoria" foi feita na rua que habitualmente acolhe os pontos de comércio. Esta zona, com 150 metros de comprimento, foi requalificada para se tornar numa rua portuguesa, com arquitectura pombalina e calçada feita com recurso a "stencil" (pintura com moldes). É nesta rua que está uma das novidades do Alive este ano: o palco dedicado ao fado. Num cartaz com mais de 120 espectáculos, em sete palcos, ao longo de três dias, "nunca se pode esquecer dos portugueses, que são muitos e bons". Entre estes, Álvaro Covões destaca Carlão, Agir, Dead Combo, "uma noite espectacular curada pelo DJ Kamala", no palco Clubbing, Raquel Tavares, Ricardo Rodrigues e Hélder Moutinho, no palco Fado, e os humoristas do palco Jardim Caixa.
Do cartaz, o promotor destaca ainda, "obviamente, os grandes nomes internacionais". "Somos o único festival do mundo a ter, no mesmo cartaz, Radiohead e Arcade Fire. Além de todos os outros: Tame Impala, Biffy Clyro — aqui tocam na quarta posição e são cabeça de cartaz em Reading —, Chemical Brothers e Robert Plant", referiu.
O recinto tem capacidade para 55 mil pessoas. Os passes para os três dias esgotaram, bem como os bilhetes para sexta-feira e sábado. Para quinta-feira, "há poucos bilhetes". A maioria dos compradores é portuguesa, mas foram vendidos "quase 32 mil bilhetes no estrangeiro", a pessoas de "cerca de 80 nacionalidades diferentes". "A razão de conseguirmos vender tudo é porque conseguimos somar, aos portugueses, público estrangeiro. Por isso é que temos casa cheia", disse Álvaro Covões.