O WOOL - Festival de Arte Urbana da Covilhã regressa esta semana, de 19 a 25 de Outubro, ao centro histórico daquela cidade com a transformação de mais duas paredes, num trabalho que contará com a colaboração dos artistas Pantónio e Samina.

“Apesar de não termos conseguido apoio por parte da Direcção Geral das Artes, decidimos avançar com o que chamamos de ‘WOOL - edição extra’, porque não quisemos deixar de fazer algumas intervenções e contribuir para revitalizar e dar vida àquela zona da cidade”, explicou Lara Seixo Rodrigues, uma das organizadoras deste festival que já teve edições em 2011 e 2014.

Nesta edição, que será então de menor dimensão, os artistas voltam a ser convidados a “captar a essência do que é o local e a cidade”, passando depois à produção dos murais. Segundo Lara Seixo Rodrigues, desta vez as paredes escolhidas situam-se na rua Direita e junto à Igreja de Santa Maria. “Creio que dentro do que é o estilo de cada um dos artistas teremos trabalhos de grande qualidade e que resultem muito bem, como aliás tem acontecido até aqui”, disse Lara Seixo Rodrigues, referindo-se ao facto de alguns murais das outras edições terem sido distinguidos como sendo das melhores e mais populares peças de arte urbana.

Produções que contribuem para “revitalizar, reabilitar e dar vida à zona histórica da cidade, ao mesmo tempo que despertam o interesse da comunidade para esta forma de fazer arte”, e que contribuem para atingir o objectivo base do WOOL: criar um circuito de arte urbana na zona histórica desta cidade do distrito de Castelo Branco. “Estamos a falar de um centro histórico que está bastante abandonado e esquecido, mas que tem um enorme potencial artístico e que pode afirmar-se como um dos centros de arte urbana de maior destaque do país e que — arrisco dizê-lo — poderá ser um dos mais interessantes mesmo a nível internacional”, apontou esta responsável.

Para esta edição extra do WOOL, que conta com o apoio da Câmara Municipal da Covilhã e com o patrocínio de algumas empresas locais, está ainda programada a produção de peças de menor dimensão que integrarão uma pequena exposição, bem como a realização de palestras e de visitas guiadas abertas à população.