A editora argentina Chirimbote criou uma série de livros infantis baptizada de "anti-princesas" para mostrar aos mais pequenos heroínas reais. São narrativas anti-estereótipos, onde não cabem castelos nem os mais típicos personagens da Disney — as princesas não são para aqui chamadas.
A editora lançou, para já, dois volumes: o primeiro conta a história de Frida Kahlo e o segundo é dedicado à chilena Violeta Parra. O terceiro livro ainda não está nas bancas mas já tem heroína: a militar que participou nas lutas pela independência da América espanhola, Juana Azurduy. A ideia da Chirimbote — que realça o facto da colecção ser tanto para meninas como para meninos — é seguir com mais nomes de mulheres latino-americanas que tenham sido protagonistas de importantes "batalhas" nas suas áreas.
"Contamos histórias de mulheres. Porquê? Porque conhecemos muitas histórias de homens importantes mas poucas de mulheres. Sabemos de algumas princesas, é verdade, mas são personagens que vivem longe da nossa realidade, meninas que vivem em castelos enormes e frios. Há mulheres na América Latina que derrubaram os costumes da sua época", explica a Chirimbote.
A autora Nadia Fink acredita que há uma batalha constante dentro da educação. E quer com estas obras ajudar o lado em que acredita, explicou ao portal La Capital: "Por um lado, o modelo de princesas da Disney, reforçado a cada novo filme, e por outro a chegada de um outro modelo que valoriza figuras de mulheres combatentes."
Os livros não estão (para já) disponíveis em português.