Uma praia onde sejam permitidos cães é o desejo das quase mais de 290 pessoas que já assinaram uma petição online que pede a abertura de uma praia canina no Algarve. "Não queremos desta forma dizer que os cães devem ser autorizados a frequentar todas as praias do país, mas talvez pudessem ter direito a pelo menos uma", lê-se na petição.
Residente no concelho de Loulé, Nuno Vaz Correia, autor da petição pública "Praia Canina no Algarve -- Loulé", lançada a 29 de Julho, optou por encetar o pedido à Câmara Municipal de Loulé, às juntas de freguesia de Quarteira e Almancil e à Região de Turismo do Algarve.
"Sendo o concelho de Loulé um destino de eleição para uma grande fatia de visitantes nacionais e estrangeiros, podia, também nesta área, adoptar uma posição liderante, criando neste concelho a primeira Praia Canina de Portugal, que serviria não só o concelho de Loulé, como todos os algarvios e todos os que visitam esta região", lê-se na petição.
O presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vitor Aleixo, disse à Lusa estar surpreendido com a proposta e que não acredita que seja um projecto viável. "Não creio que exista espaço ou condições para estudar uma proposta desta natureza", concluiu Vitor Aleixo. Aquele responsável sublinhou que o executivo municipal está concentrado na questão da acessibilidade fácil e cómoda aos cidadãos com ou sem mobilidade condicionada assim como na área do ordenamento e manutenção dos padrões de higiene e qualidade da água e das areias.
Nuno Vaz Correia explicou à Lusa que a ideia surgiu da dificuldade que sente em poder encontrar praias ou locais de férias onde possa ir com o seu cão. "Até há alguns parques de campismo, mas depois as praias próximas não permitem cães, ou seja, não vou deixar o cão um dia inteiro fechado numa tenda", comentou, acrescentando que é possível criar uma praia do género como acontece em Itália, onde até existem bebedouros e sombras para os animais.
A proposta expressa na petição passa pela definição de um local frequentado por animais com vacinas em dia e fora do período de cio, apetrechado com depósitos para dejectos dos animais, postos de distribuição de sacos para dejectos e água potável para saciar a sede.