Taina: o melhor palco do Milhões de Festa

Piscina vs. Taina: que palco sairá vencedor? Num duelo patrocinado pelo próprio Milhões de Festa, digladiam-se Luísa Cativo (pró-Piscina) e Tojó Rodrigues (pró-Taina)

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Luísa Cativo

É natural que quando alguém fala do Milhões de Festa a primeira imagem que nos vem à cabeça é a da piscina. É incontornável, tornou-se o símbolo do festival. Mas quem não tem a capacidade de fotossíntese procura um belo local à beira-rio onde a sombra é abundante, a vista agrada aos olhos e aroma a rojões acabados de fazer emana no ar. Isto é o Palco Taina.

Durante anos conhecido pelo povo barcelense como "os banquinhos do rio", este local junto ao Castelo e Ponte Medieval, com o rio Cávado a fluir ao lado, transforma-se no palco do Milhões de Festa onde se celebra a Santíssima Trindade do Minho: a Comida, a Bebida e a Festa. Com entrada livre descemos as escadas até ao palco onde podemos ver as curadorias do SWR Metalfest, Favela Discos ou Monkey Week enquanto empunhamos uma caneca de barro a transbordar de "binho berde" e petiscamos uma tripinha frita (ou alternativa vegetariana, porque somos modernos). É também aqui que começa o festival, o dia 0 do Milhões de Festa, com concertos desde o pôr do sol até bem pela noite dentro. Esta gente leva muito a sério a arte de bem receber.

A despretensão é a palavra de ordem no Palco Taina. A "passerelle" indie da piscina é trocada por uma boa soneca na relva ou um jogo de sueca enquanto se espera pelas bifanas. Ali a taxa de Instagram é bastante baixa e quem lá está a ver os concertos vive o momento, não a Internet. Concertos memoráveis como o de Unicornibot em 2012 e Comet is Coming em 2014, entre muitos outros, fazem com que este palco seja especial, às vezes quase um segredo que passa despercebido de quem não se aventura por aqueles lados durante o festival.

Já perdi demasiadas bandas no palco Taina em anos passados, este ano não vou cometer o mesmo erro.

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