Petição exige justiça por Cecil, o leão do Zimbabué

Milhares de pessoas já assinaram petição que pede que o norte-americano Walter Palmer responda na justiça por caça ilegal

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Leão com 13 anos era símbolo do Zimbabué

A revolta surgiu no início do mês, quando foi noticiada a morte de Cecil, um leão de 13 anos, símbolo do Zimbabué, numa caçada ilegal. Agora, as autoridades revelaram o nome do culpado e uma onda de protestos não pára de crescer: "justiça" é o que exigem uma petição online, já com mais de 300 mil assinaturas, e várias associações de defesa dos animais. 

Walter James Palmer é o nome de que se fala. O médico dentista norte-americano já emitiu um comunicado onde culpabiliza os guiais com quem estava, que lhe terão garantido que a caça era legal, mas o argumento parece não convencer. Palmer conta com 43 troféus de caça (e há fotografias que o comprovam) no "Safari Club International", um grupo de caça com mais de 55 mil membros, e foi, em 2008, condenado por matar um urso negro numa zona ilegal.

A equipa de Conservação de Zimbabué (ZCTF) concluiu que a caça foi ilegal e que o norte-americano pagou 50 mil euros para disparar contra Cecil. A morte do leão foi inicialmente atribuída a um caçador espanhol, mas as investigações da ZCTF, que tem como função combater a caça furtiva, acabaram por concluir algo diferente esta terça-feira. 

"Por favor, assine a petição para exigir justiça para Cecil! Diga ao Zimbabué para parar de emitir licenças de caça para matar animais em extinção!", lê-se no texto da petição criada por Ruth McD. "Os caçadores terão atraído Cecil para fora do Parque Nacional de Hwange, onde é ilegal matar animais selvagens. Cecil foi atingido com um arco e flecha. O leão ferido sobreviveu durante 40 horas, quando os caçadores o localizaram e o mataram com um tiro. Depois de lhe tirarem a pele, decapitaram-no."

A associação de defesa dos animais PETA publicou um tweet onde defende que o caçador seja "extraditado, acusado e, preferencialmente, enforcado" e vários famosos — como Rick Gervais ou a modelo Cara Delevigne — têm demonstrado a sua revolta com esta situação. 

A clínica do dentista, em em Minneapolis, foi transformada nas últimas horas numa espécie de memorial do leão Cecil, que fazia parte de um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, há mais de uma década.

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