O saldo final é de apenas uma vitória em seis jogos, mas o Japão conseguiu fazer ainda pior e Portugal tem a permanência no Circuito Mundial 2015-16 praticamente garantida. Após perder as três partidas na fase de grupos, a selecção nacional começou por ser derrotada pelo Quénia nos quartos-de-final da Taça Bowl, mas o triunfo nas meias-finais da Shield, contra a convidada Rússia, garantiu à equipa portuguesa a presença na final do troféu de menor importância onde Samoa acabaria por levar a melhor.
O último dia da etapa escocesa começou com um duelo nos quartos-de-final da Bowl com o Quénia, mas o jogo ficou marcado pelo vento e chuva que se fez sentir em Glasgow que levou a equipa técnica nacional a optar por um plano de jogo que se revelou um fracasso.
Ao contrário dos quenianos, que nunca abdicaram de tentar praticar o seu jogo habitual, Portugal optou por chutar sistematicamente a bola para as costas do adversário quando tinha posse de bola no meio campo português e com esta opção os jogadores nacionais andaram praticamente toda a partida a correr atrás dos africanos. E sem que Portugal conseguisse entrar na área de 22 metros adversária, o Quénia foi insistindo e acabou por furar duas vezes a defesa de Portugal, garantindo a vitória, por 12-0.
Fora da Bowl, a selecção nacional viu-se mais uma vez rebaixada para a Taça Shield (13.º ao 16.º lugar) e nas meias-finais teve como oponente a Rússia, equipa convidada em Glasgow que em 2015-16 será uma das 15 selecções residentes no Circuito Mundial.
O início da partida não fazia antever nada de positivo para as cores portuguesas e após apenas 45 segundos de placagens falhadas para todos os gostos, os russos colocaram-se na frente: 0-7. Portugal, porém, não demorou a mostrar que tem melhor equipa do que os “ursos”.
Quase sempre com a posse de bola, a selecção nacional instalou-se no meio-campo russo, mas as iniciativas nacionais terminavam invariavelmente em erros não forçados. Porém, perto do quinto minuto, os jogadores portugueses foram pacientes, fizeram circular a bola até à ponta onde surgiu o inevitável Adérito Esteves a fazer o toque de meta (5-7).
Com a Rússia a mostrar algumas limitações técnicas e tácticas, Portugal não tirou o pé do acelerador e a primeira parte terminou um grande ensaio: Pedro Leal fez ao pé uma assistência sublime para Adérito e o “7” português agradeceu para fazer o 96.º ensaio no Circuito Mundial (10-7).
A vencer, Portugal regressou do intervalo com vontade de ampliar a vantagem, mas alguma inépcia ofensiva manteve os russos na discussão da vitória e o jogo acabou com a Rússia em cima da linha de ensaio, sem no entanto conseguir ultrapassar a defesa nacional que teve que sofrer.
Com a garantia de que sairia de Glasgow com um melhor resultado do que o Japão (perdeu nas meias-finais da Shield), Portugal defrontou Samoa no derradeiro jogo e durante grande parte do jogo mostrou ter capacidade para voltar a garantir o 13.º lugar numa etapa.
Os samoanos até foram os primeiros a pontuar (0-5), mas novamente debaixo de chuva, Portugal foi arriscando em bola colocadas pelos chão rasteiras ao pé e com alguma sorte à mistura nos ressaltos, chegou ao intervalo a vencer por 12-5, com ensaios de Diogo Miranda e José Lima.
No entanto, na segunda parte, os erros do lado nacional foram-se acumulando e com mais demérito português do que mérito samoano, a formação do Pacífico conquistou a vitória na Shield, por 22-12.
Com o 14.º lugar na penúltima etapa, Portugal somou mais dois pontos e tem agora nove de vantagem sobre o Japão, que pela sexta vez em oito rondas foi o último classificado. Dentro de uma semana, em Londres, realiza-se a última etapa e para que a selecção nacional mantenha o estatuto de equipa residente no Circuito, bastará que os japoneses não alcancem o apuramento para a Cup.