Museu da Ciência, Exploratório e o Jardim Botânico num só espaço

A Universidade de Coimbra pretende reunir várias colecções num único museu, que deve agregar todo o património de cariz científico

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A Universidade de Coimbra vai agregar todo o património de cariz científico num único espaço, avançou nesta terça-feira a vice-reitora Helena Freitas. A decisão surge na sequência das duas polémicas substituições dos directores de duas estruturas museológicas que vão ser abrangidas pelo novo projecto: o Exploratório Infante D. Henrique e o do Museu da Ciência.

A notícia, avançada pelo jornal regional “as Beiras”, foi confirmada ao PÚBLICO por Helena Freitas. A intenção passa por agregar todas as colecções existentes na UC, juntando ainda outras unidades, como o Jardim Botânico e o Exploratório. “A ideia é também partilhar recursos, mas cada unidade terá as suas funções”, explica a vice-reitora, sem avançar com um calendário para o processo. A “nova lógica” do Museu da Ciência, que passará a integrar o Museu da Universidade de Coimbra, estava já “inscrita no programa de candidatura [do reitor]”, reeleito em Fevereiro deste ano, realça.

No documento pode ler-se que o “grande Museu da Universidade de Coimbra” ocupará o Colégio de Jesus (edifício anexo à Sé Nova, na Alta universitária), “espaço que ficou parcialmente liberto com a transferência recente das instalações do Departamento de Ciências da Terra para o Polo II” da UC e que ficará disponível “com a saída próxima do Departamento de Ciências da Vida”.

A Lusa avançou na passada segunda-feira com a notícia da substituição do director do Museu da Ciência, Paulo Gama Mota. Ressalvando o “belíssimo trabalho” desempenhado pelo professor à frente do espaço desde 2006, Helena Freitas referiu-se à “renovação” como “um processo normal e até saudável”. Instada pelo PÚBLICO a esclarecer os contornos da substituição, a vice-reitora referiu que “com certeza que o senhor reitor terá falado com ele” e considera “normal” que o reitor queira outra pessoa para conduzir um novo projecto.

Em declarações ao PÚBLICO, Paulo Gama Mota afirma desconhecer o novo projecto, que considera uma ideia sem “consistência nem solidez”. Quanto ao facto de estar mencionado no programa do reitor, o director lembra que o Museu da UC apenas foi mencionado numa frase. Gama Mota aponta para a falta de fundamentação e estrutura, referindo que o Museu da Ciência foi, desde 1994, “muito debatido, muito detalhado e depois construído com muito cuidado”.

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