Amazon autorizada a testar drone nos EUA

Empresa quer usar equipamento para fazer entregas de encomendas meia-hora após o pedido feito na loja online

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A Amazon recebeu “luz verde” da Federal Aviation Administration (FAA, a autoridade nacional de aviação norte-americana) para avançar com testes do seu protótipo de drone que pretende vir a utilizar num serviço de entregas de produtos. Os testes vão decorrer numa zona rural privada de Washington e a FAA abriu algumas excepções a limites que a entidade impõe aos voos destes aparelhos.

A autorização chegou na quinta-feira, 19 de Março, e foi a melhor notícia que o gigante do comércio online norte-americano podia receber desde que anunciou, em 2013, as suas intenções de desenvolver um serviço rápido de entregas de pequenas encomendas com drones (veículos aéreos não-tripulados).

A permissão da FAA foi emitida apenas para um aparelho específico da Amazon, impedindo a empresa de testar outros protótipos, como pretendia inicialmente. Durante o voo de teste, o drone não poderá ultrapassar os 120 metros de altitude, menos 30 metros do que tinha sido pedido pela Amazon, avança a Reuters. O aparelho terá que estar sempre sob vigilância enquanto durar a experiência, exige ainda a FAA.

Em Fevereiro passado, a autoridade nacional de aviação norte-americana avançou com propostas para as regras de utilização de pequenos drones com propósitos comerciais, como pretendem empresas como a Amazon ou o Google.

Segundo o documento da FAA, os drones com menos de 22 quilos e destinados a “operações não-recreativas” não devem realizar voos nocturnos, voar perto de aeroportos, e terão de estar sob a vigilância constante de quem os comandar.

Os “pilotos” destes drones devem ter certificados especiais para manobrar os aparelhos. Devem ter pelo menos 17 anos e passar num exame a que serão submetidos a cada dois anos para que possam continuar a manobrá-los com a autorização da FAA. A velocidade máxima permitida para que os drones circulem é de 160 quilómetros por hora e não poderão voar acima dos 152 metros de altura, para evitar possíveis colisões com outras aeronaves.

A autoridade norte-americana sugere ainda que o operador do drone mantenha contacto visual constante com o aparelho, mas permite que esse operador esteja em contacto com um “piloto” que deve acompanhar constantemente a aeronave quando esta está em serviço.

As propostas da FAA vão estar sob consulta pública durante 60 dias antes de serem votadas.

A Amazon ainda não fez um comentário à decisão da FAA, mas o certificado obtido agora é um passo em frente para o projecto Prime Air da empresa, anunciado pelo fundador e presidente executivo do gigante norte-americano, Jeff Bezos, em Dezembro de 2013. Bezos pretende lançar um sistema de entregas com recurso a drones, que demorará apenas meia hora a chegar ao cliente após a encomenda online.

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