Três investigadoras recebem prémio pela defesa do ambiente
Prémio Terre de Femmes distingue três mulheres com projectos de investigação sobre preservação do ambiente em Portugal. Milene Matos vai representar Portugal na final mundial, em Paris.
Três mulheres com projectos de preservação do ambiente em Portugal foram distinguidas pelo Prémio Terre de Femmes, devido ao trabalho na biodiversidade da Mata do Buçaco, na defesa de tartarugas e na promoção de uma forma de viver ecológica.
A iniciativa da francesa Fundação Yves Rocher, que em Portugal vai na 6.ª edição, pretende distinguir mulheres que dedicam o seu tempo a defender o ambiente, e entregou esta terça-feira, 3 de Março, em Lisboa, os prémios entre dois mil e cinco mil euros. Além de dar visibilidade aos projectos sustentáveis, os prémios destinam-se a incentivar o desenvolvimento de novas ideias para proteger e valorizar o ambiente, além de sensibilizar a sociedade para a importância de defender a natureza.
A primeira premiada deste ano do Terre de Femmes é a bióloga Milene Matos, com o projecto "Biodiversidade para todos" que pretende "usar o património natural, histórico e cultural inigualável da Mata Nacional do Buçaco como veículo para a construção de um serviço educativo com funções pedagógicas, sociais e de promoção e protecção da biodiversidade como elemento unificador", explica uma informação da fundação. Milene será a representante portuguesa na final mundial do prémio, em Paris, já no próximo mês de Abril.
Ana Ferreira é a segunda distinguida, ao desenvolver o projecto "Ecologia e conservação das tartarugas de água doce do Paul de Tornada", a cinco quilómetros das Caldas da Rainha, para estudar a ecologia de duas espécies de tartarugas de água doce, o cágado de carapaça-estriada e o cágado mediterrânico, através da monitorização dos efectivos das suas populações, e a promoção da sua conservação. Este projecto pretende ainda prevenir a libertação de espécies de tartarugas exóticas no Paul e melhorar as condições do habitat através da monitorização da qualidade da água e da construção de estruturas.
Com o tema "Educar para a Ecologia Humana", Margarida Alvim é a terceira premiada ao promover "uma forma ecológica de vida, baseada no desenvolvimento sustentável a nível pessoal, comunitário, local e global". A missão do trabalho de Margarida Alvim é alterar mentalidades e estilos de vida, chamar a atenção para o desenvolvimento rural sustentável, com a produção local de produtos alimentares e artesanato, e combater o abandono do meio rural, com actividades e experiências de vida no campo através do agroturismo, do turismo espiritual e da natureza.
Este prémio já distinguiu mais de 350 mulheres em 15 países, entre os quais Finlândia, Ucrânia, Marrocos, França, Suécia, Espanha, República Checa, Canadá ou Rússia.