Elefantes podem aprender a detectar bombas e caçadores
À semelhança dos cães, também os elefantes podem ser ensinados a detectar a presença de explosivos ou caçadores furtivos. Investigação está a cargo do exército norte-americano
Chishuru, um elefante de 17 anos, aprendeu a detectar explosivos através do olfacto — tal como um cão. O feito aconteceu na África do Sul, onde um grupo de investigadores do exército norte-americano está a treinar elefantes para detectarem, também, a presença de caçadores furtivos.
De acordo com o jornal britânico “Daily Mail”, esta capacidade dos elefantes foi observada em Angola após os animais terem evitado áreas “cheias de minas terrestres”, utilizando as trombas. “O nariz de um elefante é fantástico. Imaginem os mamutes, que eram obrigados a encontrar comida no gelo”, diz Sean Hensman, do rancho “Adventures with Elephants”, na África do Sul.
Durante experiências, Chishuru passou por uma fila de baldes, sendo que um deles tinha vestígios de TNT (trinitrotolueno, um explosivo). Inserindo a tromba em todos os baldes, Chishuru foi ensinado “a parar e levantar uma pata dianteira” quando encontrasse o balde com TNT.
O animal acertou sempre no balde e, à semelhança do que acontece quando se treinam cães, “foi recompensado com a sua guloseima favorita”, escreve o mesmo jornal.
Os investigadores norte-americanos, que há cinco anos estão a trabalhar no projecto, garantem que os elefantes não vão ser enviados para o terreno: drones podem vir a recolher material para eles testarem.
Stephen Lee, cientista do exército dos EUA, aponta o facto de os elefantes terem um “sentido de olfacto muito forte”, só comparável aos dos cães, com a vantagem de não esquecerem o que aprenderam, evitando o treino constante.