CDUL aceitou jogar qualifying “em cinco minutos”
Segundo Lourenço Fernandes Thomas, uma “série de felizes coincidências” tornaram viável a participação dos campeões nacionais na prova de acesso à Challenge Cup
O CDUL apenas foi contactado na terça-feira, mas uma “série de felizes coincidências” tornaram fácil a resposta do campeão nacional ao convite para participar numa prova de qualificação para a Challenge Cup: a decisão foi tomada em “cinco minutos”. Segundo Lourenço Fernandes Thomas, presidente dos “universitários”, a participação em Janeiro do CDUL no torneio triangular dará ao clube lisboeta “ritmo competitivo” sem que isso implique “sobrecarregar os jogadores”.
O convite surgiu “de forma inesperada”, mas a decisão foi fácil. A Rugby Europe decidiu, em Assembleia Geral, criar uma prova que apurará uma equipa para a Challenge Cup de 2015-16 e Portugal foi desafiado a participar reactivando os Lusitanos XV ou fazendo-se representar pelo campeão nacional.
A FPR optou por endereçar o convite ao CDUL e os lisboetas serão os representantes nacionais, defrontando em Janeiro o Rugby Mogliano e os Tbilisi Caucasians. Para Lourenço Fernandes Thomas, “várias circunstâncias” tornaram simples a decisão do CDUL.
O presidente dos campeões nacionais fala de uma “série de felizes coincidências”, destacando que sendo o jogo fora em Itália “a logística é simples de se tratar” e quando os “universitários” defrontarem em casa os georgianos “a selecção nacional defronta os England Students, mas como Portugal pretende fazer algumas experiências nesse jogo, os jogadores CDUL serão dispensados”.
Outra coincidência “feliz” é o facto de “nesses fins-de-semana de 17 e 24 de Janeiro, o CDUL receber a Académica e o RC Montemor, equipas que não têm Sub-23”. “Dessa forma teremos a oportunidade de não adiar nada e disputar essas partidas. Quem jogar no qualifying, não joga no campeonato. Não sobrecarregamos os jogadores.”
A ausência dos habituais titulares contra os “pretos” e os “mouflons” não será, no entanto, um problema e Lourenço Fernandes Thomas recorda que o CDUL já fez alinhar “39 jogadores em oito jogos do campeonato”, garantindo que a sua equipa vai “apresentar um XV forte contra a Académica e o RC Montemor”.
“Com o plantel que temos, podemos assumir estas duas competições. Conseguimos fazer duas equipas fortes e vão regressar em Dezembro jogadores importantes, como o Frederico Oliveira, o Francisco Appleton, o António Stilwell, o Frederico Bensimon, o Pedro Mello e o Eduardo Acosta, que está a treinar há cinco meses para começar a jogar em Janeiro”, revela o presidente do CDUL.
Numa análise aos dois adversários – quem vencer o triangular terá ainda que defrontar no final da época os Bucharest Wolves numa eliminatória a duas mãos -, Lourenço Fernandes Thomas afirma esperar “dois jogos competitivos”, contra “duas boas equipas”.
Porém, apesar de garantir que o CDUL entrará na prova para “tentar fazer o melhor resultado possível” e “representar bem Portugal”, o líder dos “universitários” sublinha que o “objectivo principal do CDUL não é a qualificação”: “Estamos a fazer isto passo a passo. Não queremos ser o maior clube da Europa. O objectivo é ter mais jogos competitivos e realizar uma mini-digressão a Itália é positivo.”
A terminar, Lourenço Fernandes Thomas confessa que estas competições trazem boas memórias. “Tem um certo simbolismo para mim. Quando cheguei aos seniores do CDUL, fui dois anos seguidos à Holanda disputar um troféu que se chamava Taça dos Campeões. Tinha equipas como os Saracens ou o Edimburgo, para além do campeão polaco, do alemão ou do francês. Fazíamos três jogos numa semana”, recorda.
Esta prova de qualificação para a Challenge Cup deverá ser substituída na próxima época por uma competição do Tier 3, que contará com a presença de oito clubes, que serão divididos em dois grupos. Para além do campeão português, deverão estar presentes formações de Espanha, da Rússia, da Alemanha, da Geórgia, da Roménia e dois clubes italianos.
A competição será disputada nas mesmas datas da Champions Cup e da Challenge Cup, sendo que a final terá lugar na mesma cidade e no mesmo fim-de-semana dos jogos decisivos das duas principais provas europeias de clubes da EPCR. Quem vencer essa prova ficará apurado para a Challenge Cup da temporada seguinte.