Foi depois de se cruzar com um documentário DA bbc sobre o conflito na Síria e de perceber que havia "muitos bebés prematuros a morrer devido ao stress da guerra e falta de incubadoras ou infra-estrutura para os manter” que o clique surgiu. James Roberts começou a pensar numa "forma de resolver esta questão” e criou a MOM, uma incubadora de baixo custo, portátil e insuflável, que quer ajudar bebés prematuros que, nascendo em zonas de conflito, não têm acesso a hospitais devidamente equipados.
A invenção já valeu ao engenheiro recém-licenciado na Universidade de Loughborough, em Inglaterra, o James Dyson Award, que lhe permitirá, com 36 mil euros de prémio, desenvolver novos protótipos da incubadora e dar início à produção da mesma. “A invenção de James mostra o impacto que a engenharia pode ter na vida das pessoas. O James criou algo que pode salvar milhares de vidas”, escreve James Dyson na página do galardão com o seu nome.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, um em cada dez bebés nasce permaturamente e 75% das mortes destes bebés podiam ser evitadas com tratamentos de baixo custo, como o que a MOM sugere. O protótipo da incubadora actualmente existente tem um custo de 250 libras (cerca de 320 euros), quando o preço de uma incubadora normal ronda as 30 mil libras (à volta de 38 mil euros).
A MOM é facilmente transportada e montada e é disponibilizada com uma bateria com autonomia de 24 horas, podendo ser carregada facilmente e de várias formas, como uma ficha de electricidade, um gerador ou mesmo a bateria de um carro. A incubadora é constituída por uma folha de plástico com painéis transparentes insufláveis, aquecidos por um elemento cerâmico, e o design modular não foi pensado por acaso: permite a substituição de partes danificadas e a esterilização para poder ser reutilizado.
O jovem de 23 anos vai continuar a desenvolver a MOM para que a incubadora seja efectivamente transformada num "produto comercial" e já tem um sonho, conta num vídeo da fundação James Dyson: "O que seria fantástico para mim era daqui a dez anos ver alguém salvo pela minha invenção."