Na semana que antecede a primeira jornada da Divisão de Honra da época 2014-15, o P3 Râguebi colocou cinco questões aos 10 treinadores dos clubes que vão competir no principal escalão do râguebi português.
Como decorreu a preparação do CDUL para o início da época 2014-15?
A pré-época correu muito bem. Tivemos muitos jogadores disponíveis, a atitude e o compromisso foram bons e trabalhamos bastante. Estou satisfeito com o momento em que nos encontramos agora.
Registaram-se muitas alterações no plantel em comparação com o da temporada passada?
Não houve muitas mudanças. Perdemos o Seti [Filo], o [João] Sacadura e o Afonso Sousa e o Francisco Appleton estará fora até Dezembro, mas regressou o Tiago Girão, o Francisco Amaral e o Diogo Fialho e temos ainda um novo australiano [Nathan Munro], que está cá para ajudar na parte técnica mas também pode jogar. Parece-me que estamos a um nível idêntico ao da última época.
Quais serão os objectivos do CDUL e quem serão os principais adversários?
A fasquia terá que estar muito alta e tal como na época passada tentaremos ganhar todas as provas em que participarmos. Para além do Direito, será interessante ver como se vão apresentar os outros clubes, como o Técnico e o Cascais. O Belenenses está a reconstruir a equipa e pode ter alguns problemas, a Agronomia estará sempre na luta.
Apesar de na próxima época a Divisão de Honra contar com os mesmos 10 clubes de 2013-14, metade das equipas terá um treinador novo. Pensa que isso terá impacto na prova?
Vai trazer novos pontos de vista. São técnicos jovens com ideias novas e pode ser positivo. Mas ser treinador é uma indústria difícil. Hoje tens emprego e passado um par de semanas já não. Mas não me parece mau. A maior parte dos clubes tem jogadores jovens e ideias frescas pode ajudá-los. Espero também que traga benefícios para a competição e afaste algum râguebi negativo que por vezes existia. Sei que alguns dos novos treinadores defendem um jogo aberto…
Concorda com o actual formato do campeonato, com 10 equipas e play-off para apuramento do campeão?
Nem por isso. Se tivesses 10 equipas fortes concordava, mas na realidade vai haver muitos jogos de sentido único nesta época o que não é bom para ninguém. Pessoalmente, preferia uma prova mais pequena com jogos mais competitivos. Há muitos jogadores de qualidade em Portugal mas estão demasiado dispersos. Seria melhor juntá-los, ter seis ou oito equipas fortes e jogos competitivos.
