PS Vita, que futuro?

Que futuro para a PS Vita? Na indústria, tradicionalmente, um sistema tem dois anos para criar impacto no mercado; se falhar esse período, dificilmente vai consegui-lo

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The Conmunity - Pop Culture Geek/Flickr

Como devem saber, a PS Vita é a consola portátil da Sony e a descendente da PSP. Originalmente anunciado na E3 de 2011, o sistema introduziu uma série de serviços e "hardware" interessantes, assim como outras possibilidades para os “developers”. Até aqui tudo bem, parecia que a Sony tinha ali uma consola pronta para a competição com a 3DS. Mas, após três anos, parece que estamos muito longe desses tempos.

Quando a consola foi lançada, o preço fez levantar algumas dúvidas. A PS Vita rondava entre os 250 e os 350 euros, dependendo da versão, e os preços de cartões de memória estavam acima dos 50. Com o decorrer dos meses, começou a ouvir-se algumas vozes suspeitas com o sucesso da consola. Um dos melhores exemplos veio da Sega, afirmando que "se a consola não vender mais unidades, dificilmente encontraremos razões para a suportar". A própria Sony pareceu pouco interessada no sistema, mesmo com a PS Vita tendo suporte para “apps”. Nem a Sony Mobile criou suporte decente. Mais tarde, e de forma a tentar movimentar vendas, houve uma aproximação aos indies, porque o resto da indústria estava a aguardar para ver. Da Sony, chegavam igualmente jogos como The Sly Collection e God of War Collection, ou seja, adaptações/“ports” e dificilmente “system sellers”.

Excepção talvez para Tearway, sem dúvida, um dos melhores jogos lançados na consola. Avancemos para este ano, depois duma E3 em que a PS Vita quase mudou de consola para periférico da PS4. Parece que agora algumas grandes distribuidoras nem estão a receber “stock” ou estão interessadas em fazê-lo. O recente “bundle” com Borderlands 2 não se encontra disponível em cadeias como a Amazon ou Gamestop (nem há intenções de revitalizar o “stock”), e a Media Markt andou a escoar “stock” recentemente. No Japão a situação está um pouco melhor com o lançamento de Final Fantasy X/X-2 HD a movimentar algumas vendas. Mas, em termos globais, é pouco.

Que futuro para a PS Vita? Na indústria, tradicionalmente, um sistema tem dois anos para criar impacto no mercado; se falhar esse período, dificilmente vai consegui-lo. Talvez por isso parece haver um desinteresse da marca: o suporte continua minimal e as distribuidoras não acreditam no produto. A consola parece estar numa espécie de limbo em que não vende mais porque não tem jogos e não tem jogos porque não vende mais. Neste momento foram vendidas cerca de oito milhões de unidades, muito longe dos quase 45 milhões da concorrente 3DS. Que futuro se espera para a PS Vita? Sair de cena? Ou mudar completamente de paradigma?

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