No passado dia 18 de Junho a Microsoft portuguesa organizou o Microsoft Game Dev Camp. Um evento que reuniu praticamente todos os “developers” de videojogos portugueses, representantes da comunidade académica e a comunicação social especializada, todos no mesmo local. Naquele dia, se por acaso tivesse caído uma bomba naquele edifício, acabava-se imediatamente a indústria portuguesa de videojogos.
Bem sei que existe alguma desconfiança com a marca Microsoft quando relacionada com jogos. Depois das declarações dos últimos anos, a empresa norte-americana não tem sido muito feliz no mercado. Mas, a equipa portuguesa demonstrou estar completamente a anos-luz da casa-mãe. Um verdadeiro exemplo de como estar ao pé das comunidades, e um modelo de organização extraordinário.
Durante o dia ocorreram cerca de 25 conferências, todas elas dedicadas ao universo dos videojogos. Houve de tudo um pouco: desde dicas sobre o desenvolvimento de jogos, trocas de experiências, momentos de inspiração e, claro, convívio saudável entre todos os participantes. Aliás, foi engraçado porque todos conheciam-se, não se conhecendo verdadeiramente. A internet tem demonstrado ser um veículo extraordinário, mas até agora tinha sido difícil juntar pessoal do Norte ao Sul do país num só local. No entanto, naquele dia, ali estavam, a Nerd Monkeys, Tio Atum, Battlesheep, Bica Studios, Biodroid, Miniclip, Upfall Studios de Lisboa, ao pé da Wingz Studio de Coimbra, passando pela Awesome de Leiria, e do Porto, a Yucca Studios, WeCameFromMars, Immersive Douro, Moonberry Studios, GS78, Artbit Studios... entre muitos outros. Claro que também estavam muitos participantes de estúdios internacionais que evidentemente ajudaram a compreender melhor o panorama internacional dos videojogos.
O Microsoft Game Dev Camp teve cerca de 500 participantes e pode-se facilmente classificar como sendo um sucesso que certamente vai ficar na história dos videojogos. Sem dúvida nenhuma, este foi o maior evento de videojogos em Portugal (provavelmente o único equivalente foi o Games 2006, mas este era mais modesto). Aliás, segundo o “feedback” geral, espera-se uma segunda edição — e quanto mais cedo, melhor!