Ordem dos Arquitectos quer conhecer as melhores histórias dos estagiários
Pelo segundo ano consecutivo, a Secção Regional do Sul da Ordem dos Arquitectos premeia as “primeiras experiências no exercício da profissão”. Até 15 de Outubro, procuram-se os melhores relatos e, desta vez, podem ser enviadas em suporte digital
É numa “tentativa de aproximar a Ordem dos Arquitectos dos novos membros, bem como conhecer as suas expectativas”, que surge o Prémio “Estágios em Portugal e no Mundo” — uma “espécie de mobilização” que pretende tornar este período “menos burocrático” e ao mesmo tempo “mais criativo”, explica Paulo Tormenta Pinto, presidente do Conselho Regional de Admissão do Sul (CRAS).
A decorrer até 15 de Outubro, o Prémio quer distinguir as melhores histórias durante o período de estágio.
A novidade este ano passa pelo suporte das propostas: o Prémio “Estágios em Portugal e no Mundo” está aberto pela primeira vez a novas formas de apresentação tais como vídeo, fotografia e desenho de modo a “fomentar o diálogo com outras áreas que são próximas”, aponta. Além disso, a segunda edição do PEPM conta este ano com um júri alargado, sendo composto pelo arquitecto Telmo Cruz, o cineasta João Salaviza, havendo ainda a possibilidade de o escritor Gonçalo M. Tavares comparecer.
A iniciativa conjunta do Conselho Regional de Admissão do Sul (CRAS) e da Secção Regional do Sul da Ordem dos Arquitectos (OASRS) destina-se a todos os arquitectos que tenham concluído o seu estágio a partir de Setembro de 2007 e o objectivo passa por compreender esta experiência “enquanto período intermédio entre a formação e a actividade plena”.
Tal como aconteceu no ano passado, também este ano serão distinguidas cinco propostas que se destaquem pela sua “clareza, excelência e espírito crítico” através da atribuição de um prémio de 500 euros. Além do valor monetário, as candidaturas vencedoras irão ainda integrar uma exposição na Galeria da OASRS, dando a possibilidade aos autores de apresentarem o seu trabalho.
Os “fantasmas da profissão” visto por “olhares descontaminados”
A ideia de partida nesta edição destina-se a “conhecer os fantasmas da profissão” que Paulo Tormenta Pinto considera fundamental na “tomada de conhecimento de todo o tipo de estágios”. A criação de um personagem abstracto, “que se inscreveu e é apenas um número”, pretende ser contrariada através do “reconhecimento de cada pessoa” — uma metáfora utilizada para “alguém que queremos conhecer e revelar enquanto arquitecto e enquanto membro da ordem a qual pertencemos”.
Paulo reconhece a importância do prémio na percepção das dificuldades dos estagiários, através de um olhar “descontaminado dos novos membros”, uma vez que o objectivo passa também por perceber “como é que a Ordem dos Arquitectos pode ser mais útil no apoio a este processo de integração”.
Aquele que é presidente desde Dezembro de 2013 do Conselho Regional de Admissão do Sul garante “rever-se” na iniciativa do executivo anterior, e que o fez dar continuidade ao Prémio.
Texto editado por Luís Octávio Costa