Os sete projectos para o pólo criativo da sede da Trienal de Arquitetura

E os vencedores são: Angular, Arqa, Caus, KWY, Linhabranca, Multidão e Warehouse

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Uma das últimas edições da Trienal Daniel Rocha/arquivo

Sete projectos foram seleccionados num concurso para entrar no polo criativo do Palácio Sinel de Cordes, em Lisboa, sede da Trienal de Arquitectura, anunciou esta entidade.

O projecto de reabilitação do palácio — cedido pela Câmara Municipal de Lisboa há dois anos, para sede da Trienal — e também do pólo criativo, tinha sido apresentado naquele espaço, pela organização, em Maio deste ano. O pólo intitula-se "FORA: Fórum de Observação e de Representação da Arquitetura", e foi criado este ano pela Trienal, com o objectivo de dinamizar e fomentar o debate, discussão e experimentação em torno da arquitectura.

No âmbito do concurso, foram selecionados os projectos Angular, composto por estudantes de Arquitectura que pretendem ligar o mundo académico à experiência profissional nesta área, e a "Arqa", uma revista fundada em 2000, que cruza os domínios do urbanismo, arquitectura, design e arte.

Ainda seleccionados foram a Caus, uma organização sem fins lucrativos criada em Macau em 2013 para promover a investigação, educação, produção e divulgação de conhecimento nas áreas da arquitectura, urbanismo, design e cultura urbana. A KWY, também seleccionada, é uma plataforma multidisciplinar que investiga a natureza da colaboração no contexto de projectos em arte, arquitetura, curadoria e escrita; e o projecto "Pont E9" vai dar inicio a novos projectos em colaboração com entidades portuguesas pelo que a integração no pólo potencia sinergias com a Trienal e restantes membros.

O colectivo Linhabranca faz a união entre o design industrial e a arquitectura em torno de objectos, espaços, e serviços ditos "sem marca"; e o projecto Multidão é da responsabilidade da Osso - Associação Cultural, constituída por um colectivo de artistas de várias áreas para desenvolver actividade sob o conceito de partilha artística interdisciplinar dentro de contextos regionais, nacionais e internacionais.

O coletivo Warehouse, também seleccionado, tem realizado projectos temporários e permanentes numa metodologia de processos de criação participativa onde o desenho e a construção são pensados e executados como um todo.

A Trienal de Arquitetura sublinha que o Fórum assenta no projecto de reabilitação do Palácio Sinel de Cordes, da autoria da arquitecta Margarida Grácio Nunes /FSSMGN arquitetos, "numa abordagem que respeita a identidade e o legado da construção setecentista, bem como a sua relação com a envolvente".

De acordo com a entidade, os projectos culturais seleccionados nesta primeira fase "representam transversalmente a arquitectura e que se cruzam com a disciplina de uma forma plural". Em Maio, o presidente da Trienal, José Mateus, disse à agência Lusa que tinha a expectativa de que o projecto de recuperação do palácio esteja concluído até 2016, ano em que se realiza a quarta edição da Trienal de Arquitetura de Lisboa.