Obra de Vhils leiloada a favor da cura de lesões da espinal medula
"Morphed", de Vhils, será leiloada no dia 19, em Lisboa. Valor angariado reverte para a pesquisa da cura de lesões da espinal medula
Uma obra do artista português Alexandre Farto, que assina como Vhils, será leiloada no dia 19, em Lisboa, revertendo a totalidade do valor angariado para a pesquisa da cura de lesões da espinal medula.
De acordo com um comunicado divulgado esta segunda-feira pela Fundação Wings for Life, que se dedica à pesquisa da cura de lesões da espinal medula, a obra de Vhils que irá a leilão, "Morphed", "pertence a uma edição de 100 exemplares (já esgotada)".
Trata-se de "uma prova de artista numerada (edição 10/15, mais precisamente) com assinatura e acabamento à mão pelo artista", refere anota. Com cerca de 120 por 80 centímetros, o retrato a leilão foi feito com recurso a lixívia e ácido, além de tintas, criando assim o efeito negativo, que habitualmente Vhils consegue em paredes, através da sua perfuração.
O leilão está marcado para dia 19, às 21h00, na leiloeira Veritas, em Lisboa. A Wings for Life esclarece que o leilão é de "livre acesso", bastando fazer-se a inscrição no local, e o valor base de licitação de "Morphed" é de 500 euros.
No dia 4 de Maio, decorreu na Comporta, concelho de Alcácer do Sal, a corrida Wings for Life World, que ocorreu em simultâneo em 34 locais do mundo. Na altura, a directora executiva da Wings for Life, Anita Gerhardter, anunciou que aquela fundação tinha conseguido angariar mais de três milhões de euros com a corrida. Ainda de acordo com a organização, o formato global da Wings for Life World Run vai repetir-se em 2015, no dia 3 de Maio.
Alexandre Farto inaugura a 5 de Julho, no Museu da Eletricidade, em Lisboa, "Dissecação/Dissection", que vai "mostrar uma série de novos trabalhos" que este artista de 27 anos tem estado a desenvolver "há quase um ano", revelou o próprio à agência Lusa. Esta será a primeira exposição individual que o artista que assina como Vhils terá patente num museu português.
Alexandre Farto começou por pintar paredes com "graffitis", aos 13 anos, mas foi a escavá-las com retratos que captou a atenção do mundo. A técnica consiste em criar imagens em paredes ou murais através da remoção de camadas de materiais de construção, criando uma imagem em negativo. Os últimos anos têm sido para este artista "uma roda-viva de viagens constantes", com participações em festivais, exposições e trabalhos pela Europa, América do Norte, América do Sul, Ásia e Oceânia.