É, perdoem-nos o trocadilho, tão simples como andar de bicicleta. Não é sequer preciso levar cadeados. A segurança do espaço é devidamente assegurada por uma equipa que vigia o Bike Park enquanto as portas do festival estiverem abertas, ou seja, das 16h às 6h. Há até a opção de deixar a bicicleta estacionada de um dia para o outro, a ter em conta para aqueles que gostam de ficar mesmo até ao fim da última actuação e que preferem guardar as pernas para o dia seguinte de festival.
Ir de bicicleta para o NOS Primavera Sound (NPS) é, além de amigo da carteira e do ambiente, uma afirmação de estilo de vida e atitude. Sobretudo nos dias que correm em que há um interesse abrangente, cada vez mais banalizado, pela cultura velocipédica.
A tendência, à qual o Porto não escapa, tem várias vantagens em primeira mão. A saber: se a meteorologia ajudar (#figas) é agradável, nomeadamente para os estrangeiros, que não só vêm de países em que este é um meio de transporte culturalmente enraizado, como ainda têm na bicicleta um modo acessível de conhecer melhor o Porto no caminho do hotel para o recinto; é mais prático de estacionar do que um carro, na medida em que se pode entrar no NOS Primavera Sound literalmente a pedalar e o risco de multa é nulo; e, quanto mais não seja, contribui para o "pedigree" cool de quem o faz, o que num festival de música não é despiciendo.
Na primeira edição do NPS, em 2012, a capacidade do Bike Park era de 200 bicicletas, número que foi aumentado para 250 no ano passado e que chega agora às 300. O serviço continua a ser gratuito e a dispensar acessórios — as bicicletas são presas pela roda a uma estrutura de metal com a ajuda de uma espécie de pulseira —, mas em 2014 a equipa do Bike Park não será formada por voluntários, como em anos anteriores.